sexta-feira, 29 de abril de 2016

HOJE 29 DE ABRIL FAZ 25 ANOS QUE GOZAQUINHA NOS DEIXOU.... saudades!


Há 25 anos morria Gonzaguinha - faz muita falta!!! Sempre que eu o ouço me reporto à adolescência (1990...)no Clube da minha cidade, EOC - Estrela do Oeste Clube. Muitas boas lembranças com risos largos, piscina "...lindo lago do amor...", carnaval "Viver e não ter vergonha de ser feliz, acredito na rapaziada...", "sempre desejada por mais que esteja errada...", bailes "... a gente quer carinho e atenção...", etc. Quantas saudades... dos beijos, amigos e amigas curtido a vida. Tempos alegres dos quais fui feliz, ainda não tinha conhecido a dor. Roberta Carrilho
Filho de um famoso cantor e compositor, Luiz Gonzaga Nascimento Filho, Gonzaguinha, nasceu no dia 22 de setembro de 1945, no Rio de Janeiro. A mãe, Odiléia, era uma cantora e dançarina que morreu de tuberculose, com 22 anos de idade, deixando Gonzaguinha órfão aos dois anos de vida. Diante da dificuldade de criá-lo, o pai, Luiz Gonzaga, entregou o filho aos padrinhos, Se o Xavier e Dona Dina. Na infância, ele viveu no morro de São Carlos, onde conviveu com a miséria, a falta de infraestrutura e todas as adversidades que existem numa favela. Aos 16 anos, Gonzaguinha voltou a morar com o pai para dar continuidade aos estudos. Entretanto, as desavenças com a madrasta, fizeram com que o adolescente fosse encaminhado para um colégio interno. Os estudos o levaram à Faculdade de Ciências Econômicas Cândido Mendes, no Rio de Janeiro.

Durante as aulas, na faculdade, encontrou outros músicos novatos. Nesse período fez parte do Movimento Artístico Universitário (MAU) junto com Ivan Lins, Dominguinhos, Aldir Blanc e César Costa Filho. Gonzaguinha participava de festivais e já começava a despontar pelas letras com forte teor social. Aliás, as letras provocativas era uma marca da carreira do cantor e compositor, que frequentemente driblava a censura da época. Em algumas oportunidades, recebeu advertência da censura e muitas críticas pelo tom irônico e agressivo que usava nas músicas. Porém, graças as polêmicas, Gonzaguinha conseguiu iniciar uma carreira de sucesso.

No ano de 1976, mais calmo e com um perfil diferente nas letras escritas por ele, o cantor lançou o disco “ Começaria Tudo Outra Vez” onde conseguiu o sucesso entre as massas. A partir daí se consolidou como compositor sendo gravado por cantoras como Elis Regina, Simone e Maria Bethânia.

O fim da carreira e da vida do artista aconteceu logo após a uma apresentação feita em Pato Branco, quando passava entre os municípios de Renascença e Marmeleiro, num trágico acidente automobilístico em 29 de abril de 1991, portanto há 25 anos.

Chegada no acidente
O último show de Gonzaguinha foi em Pato Branco, no Clube Pinheiros, no domingo, dia 28 de abril de 1991. Na manhã seguinte, logo cedo, Gonzaguinha acompanhado do empresário Renato Manoel Duarte e Aristides Pereira da Silva seguiram de carro, rumo à Foz do Iguaçu, onde pegariam o avião para Florianópolis. No trecho da PRC 280 entre Renascença e Marmeleiro o Monza bordô, conduzido por Gonzaguinha colidiu contra uma camionete Ford F4000. A ocorrência foi prontamente atendida pela Polícia Rodoviária Estadual. Na ocasião o odontólogo, Eduardo Scirea, atual vice-prefeito de Francisco Beltrão, seguia para o consultório que tinha em Renascença e visualizou o acidente, próximo da passarela da cidade. “o carro estava em alta velocidade, o Gonzaguinha estava com pressa, e a caminhonete entrou no asfalto naquele momento e acabou batendo” recordou Scirea.

Como curioso, parou para ver o que estava acontecendo e não sabia que estava prestes a testemunhar o acidente que vitimou fatalmente um ídolo da música brasileira. Ontem, Scirea contou a história para o repórter Ademir Augusto, da Rádio Onda Sul FM. “eu não vi o corpo do Gonzaguinha, ele recém tinha saído com uma Pampa marrom. Lembro muito bem, que eu não consegui ver o corpo, mas eu vi a Pampa saindo e sei que o corpo estava dentro, já sem vida se deslocando. Sei que passou pelo hospital de Marmeleiro, depois fiquei sabendo, que tinham levado até a Policlínica. Foi por causa dos policiais rodoviários que pediram para ver a pochete do Gonzaguinha, aquelas de cintura, que eu acompanhei como uma testemunha, e ai vi a identidade dele. Eu me lembro também que contamos 19 notas, não sei se era cruzeiro ou real naquela época, de um real, e aí eu tive certeza, esse aqui, que estava morto, era o Gonzaguinha. No outro dia, inclusive, a foto do Jacir Walter estava estampada no JdeB. Após a confirmação liguei imediatamente para a rádio Educadora AM e Princesa AM para dar a notícia da morte do Gonzaguinha”, comentou Scirea.

Última entrevista de rádio em Francisco Beltrão
Gonzaguinha fez uma turnê de shows pelos Oeste e Sudoeste do Paraná. A maratona de shows começou em Foz do Iguaçu, depois passou por Cascavel, Francisco Beltrão e Pato Branco. Na quinta-feira, antes do acidente, Gonzaguinha se apresentou no anfiteatro da Facibel, atual Unioeste, com capacidade máxima de público presente no local. Mais cedo, à tarde, ele, acompanhado do empresário, foi aos estúdios da Rádio Continental FM. Lá, Gonzaguinha foi entrevistado pelo comunicador Adair De Toni, hoje diretor da Rádio Onda Sul FM. De Toni disse que lembra pouco das perguntas que fez, e das respostas do cantor. “Lamento não ter guardado um arquivo da entrevista, mas também, nunca imaginei que pudesse ser algo histórico. Lamentei a morte do artista, mas guardo pra mim, ter sido, possivelmente, o último radialista de Francisco Beltrão a ter entrevistá-lo”, finalizou.











O Que É, o Que É?

Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita

Viver 
E não ter a vergonha 
De ser feliz 
Cantar e cantar e cantar 
A beleza de ser 
Um eterno aprendiz 

Ah meu Deus! 
Eu sei, eu sei 
Que a vida devia ser 
Bem melhor e será 
Mas isso não impede 
Que eu repita 
É bonita, é bonita 
E é bonita 

Viver 
E não ter a vergonha 
De ser feliz 
Cantar e cantar e cantar 
A beleza de ser 
Um eterno aprendiz 

Ah meu Deus! 
Eu sei, eu sei 
Que a vida devia ser 
Bem melhor e será 
Mas isso não impede 
Que eu repita 
É bonita, é bonita 
E é bonita 

E a vida
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!

E a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão

Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor

Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé

Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser

Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita

Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita 

Sangrando
*uma das que eu mais gosto!!!

Quando eu soltar a minha voz
Por favor entenda

Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando
Coração na boca 
Peito aberto 
Vou sangrando 

São as lutas dessa nossa vida 
Que eu estou cantando 

Quando eu abrir minha garganta 
Essa força tanta 
Tudo aquilo que você ouvir 
Esteja certa 
Que estarei vivendo 

Veja o brilho dos meus olhos 
E o tremor nas minhas mãos 
E o meu corpo tão suado 
Transbordando toda a raça e emoção 

E se eu chorar 
E o sal molhar o meu sorriso 
Não se espante, cante 
Que o teu canto é a minha força 
Pra cantar 

Quando eu soltar a minha voz 
Por favor, entenda 
É apenas o meu jeito de viver 
O que é amar 

Nunca Pare de Sonhar
outra das minhas favoritas!!

Ontem um menino
Que brincava me falou
Hoje é a semente do amanhã

Para não ter medo
Que este tempo vai passar
Não se desespere, nem pare de sonhar

Nunca se entregue
Nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar

Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será

Ontem um menino
Que brincava me falou
Hoje é a semente do amanhã

Para não ter medo
Que este tempo vai passar
Não se desespere, nem pare de sonhar

Nunca se entregue
Nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será




domingo, 24 de abril de 2016

MORRE BILLY PAUL - MEU CORAÇÃO ESTÁ EM LUTO, TRISTE

Não poderia dormir sem deixar registrado meu luto, minha tristeza com a morte física de Billy Paul. Ele morreu mas seu legado ficará para sempre por gerações. Fica aqui a minha singela e sincera homenagem ao Billy Paul tanto meu face como aqui no blog.
I love too Bill Paul!!
Eu vivi momentos mágicos, românticos escutando "Me and Mr. Jones (1972)", "Your Song" (minha música, apropriação indébita, risos), "Without You", "Thanks for saving my life" entre outras canções deste artista de voz intensa, marcante que me fazia sentir envolvida, amada. Essa música (Me and Mr. Jones) foi lançada no mesmo ano que eu nasci. Presente pela minha chegada no planeta. Música linda que muitos amantes guardarão seus momentos no coração e nas suas doces lembranças.  
Amei muito ao som de Billy Paul... sentirei saudades nas minhas memórias privativas levarei comigo até o fim desta jornada. 
Obrigada Billy Paul por ter me feito tão feliz.

Roberta Carrilho

O cantor Billy Paul morreu aos 81 anos neste domingo, 24, de acordo com informação publicada no site oficial do artista. Em entrevista ao canal NBC Philadelphia, o empresário Beverly Gay contou que Paul foi diagnosticado com câncer e hospitalizado na última semana no hospital Temple University. Ele morreu em casa no bairro de Blackwood, em Nova Jersey. 

"Nós sentimos em informar que Billy faleceu hoje em sua casa após séria condição médica. Gostaríamos de estender as nossas mais sinceras condolescências a sua mulher, Blanche, e família pela perda. Eles e o mundo choram a perda de outro ícone musical que ajudou a música pioneira R&B de hoje. Billy fará falta verdadeiramente. Por favor, compartilhe seus pensamentos, mensagens e histórias de Billy como nos lembramos deste lendário artista, membro da família e amigo"

Nascido no dia 1 de dezembro de 1934, na Filadélfia, Billy Paul começou sua carreira musical com 11 anos, quando se apresentoou em um rádio local. Ele também participou da escola de música West Philadelphia e da escola Granoff, onde recebeu seu treinamento vocal.

No início de sua carreira, Paul se apresentou em clubes e universidades ao lado de várias lendas do jazz e da música soul, incluindo Charlie "Bird" Parker, Nina Simone, Miles Davis e Roberta Flack. Após servir no exército, Paul lançou seu primeiro álbum "Feelin 'Good ao Cadillac Club", em 1968.

Paul alcançou seu maior sucesso ao lançar o single "Me and Mrs. Jones", em 1972. A canção foi número um na Billboard Hot 100 e R&B e recebeu um Grammy. A canção ganhou ainda maisnotoriedade, quando o cantor Michael Buble lançou uma versão cover em 2007.

Ao todo, Paul lançou 15 álbuns (sem contar com uma reedição de "Feelin 'Good ao Cadillac Club") entre 1968 e 1988. Billy é reconhecido pelo mundo como um pioneiro e figura importante na soul music, conhecido por suas letras socialmente conscientes.










quinta-feira, 21 de abril de 2016

‪#‎BELA.RECATADA.DO.LAR‬ ?! Uma ova!!! by Roberta Carrilho




Um bom dia para todos!
Em especial para você mulher que não é "BELA, RECATADA E DO LAR", mas que luta pelos seus direitos e de sua família; que não aceita ser considerada uma cidadã de segunda classe; que não fica sentada esperando as coisas acontecerem; que não admite que os meios de comunicação lhe enfie pela "goela abaixo" suas ideias estúpidas e manipuladoras!
Vocês nasceram para ser livres e ocupar seu espaço, não atrás, mas ao lado dos homens!
Esta revistinha ""veja de m*rda"" se supera a cada dia mais com suas canalhices nesta tentativa sistêmica de manipular a cultura social do Brasil. É criminoso isto! Eu não quero ser Marcela Temer ser casada com um homem velho, feio, corrupto, traidor da republica, conspirador.
Putz! Ele é 43 anos mais velho do que ela além de ser horroroso (o mau gosto é personalíssimo num é?!) e que nome que se dá isso? Será Bela? Recata? Do lar? Avá... Às favas com este esterótipo de mulher perfeita. Preguiça!!!



Bela, recatada e do lar. Foram essas as referências escolhidas pela revista Veja para falar de Marcela Temer, 32, esposa do vice-presidente Michel (PMDB), 75, em uma matéria publicada na última segunda-feira. O texto, que se propôs a ser elogioso, falava de como Temer – 43 anos mais velho que Marcela – conheceu a esposa e de sua rotina de cuidados com a casa, o filho e o marido. A publicação causou revolta nas mulheres, que passaram a postar fotos com a tag ‪#‎belarecalcadaedolar‬, ironizando os esteriótipos reforçados pela revista.

No Recife, um protesto foi marcado para este sábado, às 11h. Na página do evento no Facebook, o grupo questiona o padrão de mulher ideal sugerido pela revista. “A intenção de enaltecer Marcela Temer como a mulher que todas deveriam ser, à sombra, nunca à frente, será substituída nesse encontro”, diz a publicação.

Nas redes sociais, internautas fizeram memes para debochar da publicação. Questionando o padrão de “boa mulher” reforçado pela revista, versões como “fera, empoderada e do bar” e “livre, desbocada e do mar” viralizaram rapidamente.




Marcela Temer é uma mulher de sorte. Michel Temer, seu marido há treze anos, continua a lhe dar provas de que a paixão não arrefeceu com o tempo nem com a convulsão política que vive o país - e em cujo epicentro ele mesmo se encontra. Há cerca de oito meses, por exemplo, o vice-presidente, de 75 anos, levou Marcela, de 32, para jantar na sala especial do sofisticado, caro e badalado restaurante Antiquarius, em São Paulo. Blindada nas paredes, no teto e no chão para ser à prova de som e garantir os segredos dos muitos políticos que costumam reunir-se no local, a sala tem capacidade para acomodar trinta pessoas, mas foi esvaziada para receber apenas "Mar" e "Mi", como são chamados em família. Lá, protegido por quatro seguranças (um na cozinha, um no toalete, um na entrada da sala e outro no salão principal do restaurante), o casal desfrutou algumas horas de jantar romântico sob um céu estrelado, graças ao teto retrátil do ambiente. Marcela se casou com Temer quando tinha 20 anos. O vice, então com 62, estava no quinto mandato como deputado federal e foi seu primeiro namorado.
Michelzinho, de 7 anos, cabelo tigelinha e uma bela janela no lugar que abrigará seus incisivos centrais, é o único filho do casal (Temer tem outros quatro de relacionamentos anteriores). No fim do ano passado, Marcela pensou que esperava o segundo filho, mas foi um alarme falso. "No final, eles acharam que não teria sido mesmo um bom momento para ela engravidar, dada a confusão no país", conta tia Nina, irmã da mãe de Marcela. Ela se refez do sobressalto, mas não se resignou - ainda quer ter uma menininha. No Carnaval, Marcela planejou uns dias de sol e praia só com o marido e o filho e foi para a Riviera de São Lourenço, no Litoral Norte de São Paulo. Temer iria depois, mas, nos dias seguintes, o plano foi a pique: o vice ligou, dizendo que estava receoso de expor a família, devido aos ânimos acirrados no país. Pegou Marcela, Michelzinho, e todo mundo voltou para casa.
Bacharel em direito sem nunca ter exercido a profissão, Marcela comporta em seu curriculum vitae um curto período de trabalho como recepcionista e dois concursos de miss no interior de São Paulo (representando Campinas e Paulínia, esta sua cidade natal). Em ambos, ficou em segundo lugar. Marcela é uma vice-primeira-dama do lar. Seus dias consistem em levar e trazer Michelzinho da escola, cuidar da casa, em São Paulo, e um pouco dela mesma também (nas últimas três semanas, foi duas vezes à dermatologista tratar da pele).
Por algum tempo, frequentou o salão de beleza do cabeleireiro Marco Antonio de Biaggi, famoso pela clientela estrelada. Pedia luzes bem fininhas e era "educadíssima", lembra o cabeleireiro. "Assim como faz a Athina Onassis quando vem ao meu salão, ela deixava os seguranças do lado de fora", informa Biaggi. Na opinião do cabeleireiro, Marcela "tem tudo para se tornar a nossa Grace Kelly". Para isso, falta só "deixar o cabelo preso". Em todos esses anos de atuação política do marido, ela apareceu em público pouquíssimas vezes. "Marcela sempre chamou atenção pela beleza, mas sempre foi recatada", diz sua irmã mais nova, Fernanda Tedeschi. "Ela gosta de vestidos até os joelhos e cores claras", conta a estilista Martha Medeiros.
Marcela é o braço digital do vice. Está constantemente de olho nas redes sociais e mantém o marido informado sobre a temperatura ambiente. Um fica longe do outro a maior parte da semana, uma vez que Temer mora de segunda a quinta-feira no Palácio do Jaburu, em Brasília, e Marcela permanece em São Paulo, quase sempre na companhia da mãe. Sacudida, loiríssima e de olhos azuis, Norma Tedeschi acompanhou a filha adolescente em seu primeiro encontro com Temer. Amigos do vice contam que, ao fim de um dia extenuante de trabalho, é comum vê-lo tomar um vinho, fumar um charuto e "mergulhar num outro mundo" - o que ocorre, por exemplo, quando telefona para Marcela ou assiste a vídeos de Michelzinho, que ela manda pelo celular. Três anos atrás, Temer lançou o livro de poemas intitulado: Anônima Intimidade. Um deles, na página 135, diz: "De vermelho / Flamejante / Labaredas de fogo / Olhos brilhantes / Que sorriem / Com lábios rubros / Incêndios / Tomam conta de mim / Minha mente / Minha alma / Tudo meu / Em brasas / Meu corpo / Incendiado / Consumido / Dissolvido / Finalmente / Restam cinzas / Que espalho na cama / Para dormir".
Michel Temer é um homem de sorte.
Por Juliana Linhares --- QUEM É ESTA MULHER MACHISTA ??? 






quarta-feira, 20 de abril de 2016

PESQUISADORES DOS EUA INDICA QUE A LEITURA PODE GERAR EMPATIA NA VIDA REAL




Ler torna as pessoas mais gentis! 


Ler torna as pessoas mais legais. Isso pode até parecer história para convencer adolescente a criar o hábito da leitura, mas não é nada disso. Pesquisadores da Universidade de Washington e Lee, nos Estados Unidos, fizeram um teste para chegar a essa conclusão: chamaram alguns voluntários para ler uma história curtinha e, depois, fizeram algumas perguntas simples para avaliar o quanto cada um tinha curtido o que leu.

Em seguida, derrubaram propositalmente um monte de canetas no chão. Já consegue imaginar qual foi o resultado? Isso mesmo. Quando mais envolvidas com as narrativas as pessoas tinham ficado, maiores eram as chances de elas se levantarem para recolher as canetas.

O estudo chegou à conclusão de que quando lemos algo que realmente nos toca de alguma forma, acabamos criando empatia pelas personagens da história. E aí, quanto maior a empatia por elas, mais propenso nós ficamos a ajudar as pessoas na vida real. Então, aquela história que você lê para o seu filho antes de dormir é muito mais do que um carinho de boa noite. É uma forma eficaz e lúdica de ajudá-lo a ser uma pessoa melhor.




OS GANHADORES MAIS RECENTES DO PULITZER NA CATEGORIA ROMANCE (ADORO ESTA CATEGORIA)


Prêmio Pulitzer, um dos mais importantes do planeta.


Todo prêmio é importante e merece aplausos. Contudo, o Pulitzer é considerado por muitos profissionais do ramo o maior de todos, algo como o Oscar para o cinema. Para entender, basta dizer que o Leonardo di Caprio não sossegou até receber o tão desejado Oscar, não importando todas as premiações anteriores.

O Prêmio Pulitzer, anunciado todo ano em abril, é uma laureação norte-americana outorgada a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical. É administrado pela Universidade de Columbia, de Nova York, e foi criado por Joseph Pulitzer em 1917. Ele é dividido em 21 categorias, entre elas, “Reportagem Investigativa”, “Fotografia Especial”, “Teatro”, “Romance”, “Não Ficção Geral” e “Poesia”.

Aproveitando que no dia 18 de abril foram divulgados os ganhadores de 2016, fizemos uma lista com os últimos vencedores, categoria Romance. Confira!


À medida que o Norte sofre uma série de derrotas inesperadas durante o primeiro ano da Guerra Civil Americana, o senhor March se vê obrigado a abandonar a família para defender a causa da União. Essa experiência acaba ocasionando uma mudança brusca em seu casamento e em sua vida, e desafia suas mais profundas crenças.


Num futuro não muito distante, o planeta encontra-se totalmente devastado. As cidades foram transformadas em ruínas e pó, as florestas se transformaram em cinzas, os céus ficaram turvos com a fuligem e os mares, estéreis. Os poucos sobreviventes vagam em bandos. Um homem e seu filho estão em farrapos e buscam a salvação, sem saber, no entanto, o que encontrarão no final da viagem. A estrada foi adaptado para o cinema em 2010, com Viggo Mortensen, Charlize Theron e Robert Duvall no elenco.



A vida nunca foi fácil para Oscar, um menino doce, porém desastrosamente obeso e nerd do gueto de Nova Jersey. Ele sonha em ser um J.R.R. Tolkien dominicano e, acima de tudo, almeja encontrar um grande amor. No entanto, é possível que nunca realize seus desejos, em virtude do fukú — uma antiga maldição que assola a família de Oscar há gerações.


2009: Olive Kitteridge, de Elizabeth Strout (apenas uma edição original na Estante Virtual. O livro não foi publicado no Brasil)

Olive Kitteridge retrata uma cidade marcada por desonestidade, crimes e tragédias a partir da visão da protagonista Olive, cujo espírito perverso e comportamento severo, na verdade, escondem um bom – porém perturbado – coração. A história se passa ao longo de 25 anos e gira em torno da professora de matemática e suas relações com o marido Henry, com o filho Christopher e com outros integrantes da comunidade. Apesar da personalidade difícil e de seu jeito ríspido, Olive influencia a vida das pessoas ao seu redor e conecta várias histórias que, de uma forma ou de outra, se ligam com a dela. O livro foi adaptado para a televisão como minissérie da HBO.



Um livro incrível que fala sobre o legado da consciência e da identidade através das gerações. Capaz de emocionar e de nos fazer acreditar mais uma vez na vida, é uma nostalgia que fala de amor, de perda e do encanto feroz da natureza.




Partindo de um olhar cáustico sobre os caminhos imprevisíveis da indústria musical e o vaivém das celebridades, passando por uma análise impiedosa do casamento e da família e uma visão provocante do futuro dos Estados Unidos, A visita cruel do tempo é um livro incômodo, empolgante e irresistível. Um interessante e envolvente panorama sobre crescimento, perda e ambição e sobre o que acontece entre o que esperamos de nossa vida e o que se torna realidade.


2012: A instituição responsável optou por não entregar o prêmio por achar que obra alguma foi merecedora.


Reconhecido por sua lealdade, Jun Do chama a atenção de seus superiores, alcança posições cada vez mais importantes, até se transformar num sequestrador profissional à serviço do Estado. Para sobreviver, ele aprende a circular em meio às regras voláteis, à violência extrema e às exigências absurdas das autoridades coreanas. Mas o destino lhe reservara outra surpresa.



Uma hipnotizante história de perda, obsessão e sobrevivência, um triunfo da prosa contemporânea que explora com rara sensibilidade as cruéis maquinações do destino.



Durante a ocupação nazista em Paris, um pai e e sua filha de seis anos cega fogem levando consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro da cidade. Na Alemanha, um introvertido órfão torna-se especialista em rádios e é recrutado pelo exército alemão para combater na França. Estarão os destinos destes jovens entrelaçados e condenados a um improvável desfecho?


2016: The Sympathizer (O simpatizante, em tradução livre), de Thanh Nguyen (não disponível no Brasil)

Primeiro romance do autor, o livro conta a história da queda do governo do Vietnã do Sul, em 1975, pelos olhos de um agente comunista disfarçado. Em meio à narrativa, o autor aborda história e natureza humana.

RECONDICIONAMENTO FÍSICO PARA VOLTAR A PEDALAR... Roberta Carrilho

20/04/16 - hoje é o início do meu recondicionamento físico para voltar a pedalar... com a companhia do meu amigo Maycol Russo Sbampato... pois, tive que parar devido problemas de saúde, cirurgia, coluna, etc... ganhei muito peso... agora é voltar aos poucos para o meu corpo de sempre... ou seja, meus 75 kg e montar na minha bike!


Estou com saudades das trilhas, ver o sol nascer, brisa, amigos/as. 
né Héryca Bludes!!!!


terça-feira, 19 de abril de 2016

FIBROMIALGIA: A DOENÇA DA ALMA por Luziane Soprani - RECENTE DESCOBERTA DE ONDE VEM A FIBROMIALGIA E NÃO É DO CÉREBRO


Eu até 2001 não tinha nada... nenhuma doença, dor, não tomava remédios, era uma pessoa que trabalhava 8h e estudava a noite (Faculdade de Direito), enfim, depois que eu reencontrei o psicopata do passado, monstro e inescrupuloso ser das trevas e permitir que esse indivíduo entrasse na minha vida, tudo que eu tinha de bom (saúde física, mental e emocional) se perdeu...
Comecei a apresentar depressão, depois vieram outras doenças inclusive a fibromialgia.
Eu fico pensando como pode uma pessoa destruir tanto a vida de outra assim? Como isso é possível? Apesar de tentar deletar, fazer terapia psicológica, psiquiátrica, etc os sintomas persistem, o corpo não me obedece, não aceita a minha vontade, ele adoeceu com esse relacionamento problemático , traumático e até hoje vivo as consequências. Eu não consigo perdoar esta pessoa infeliz que tanto mal me fez e continua fazendo hoje através da filha que tive com ele. Infelizmente esta doença (da alma) FIBROMIALGIA NÃO HÁ CURA. 
Hoje em dia eu e minha filha mais velha (ela quem me enviou este artigo pelo whatsapp) conversamos muito sobre isso... de como eu era antes do HK e como eu fiquei depois dele... é visível a diferença. Esta relação foi destrutiva para mim, ela, M.E, até meus pais. Ele trouxe desgraça, tristeza, desilusão, doença e brigas... Ele não pode e com certeza não é feliz. Deus é bom e justo!!! Eu não quero vingança, eu só quero a Justiça Divina. Ele tem que pagar por todo mal que fez com suas ações e omissões, seus comportamentos irresponsáveis, agressivos, violentos, mentirosos, dissimulados, esquizos. Ele mudou o curso de várias vidas trazendo sofrimentos, dores e doenças não só para mim, mas para muitas pessoas, inclusive e principalmente para a sua própria filha que qualquer pessoa percebe que ela é ou está desajustada, Aliás, ela mesma sente e confessa que existe um buraco na alma e que sabe que ela é problemática. Que Karma(débitos) este ser das trevas arrendou para existência atual e também as futuras, hein? 

Um corpo sempre será para o sujeito uma “coisa” sua. Assim, para viver cada ser depende habitar um corpo. Desse modo, as paixões, afetos, ideias, são consideradas pelo princípio da filosofia clássica, a localização das mazelas humanas – mencionadas a partir de um corpo – como função de suporte necessário. A análise do corpo constitui uma relação de pertinência entre o existir e sua materialidade. Esse é o âmago de grandes questões que ultrapassam o tempo, a cultura, à vida, o nascimento, à morte e, também, um tema intrínseco à psicanálise: a sexualidade.

Nesse artigo abordaremos a dor física e psíquica sem causa orgânica. Enunciaremos aqui, uma síndrome que não se encontra causa orgânica específica – chamaremos de doença da alma. A síndrome cujas dores crônicas sem causalidade orgânica constatável, são fonte de sofrimento para pacientes e um desafio para os profissionais da medicina. Essa síndrome está localizada na fronteira entre a reumatologia e a patologia psicossomática, com comorbidades de transtornos e uma degradação da qualidade de vida no plano profissional, social e familiar.

A fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente, na musculatura. A síndrome cursa com sintomas de fadiga, intolerância ao exercício e sono não repousante – a pessoa acorda sempre cansada. Os médicos classificam a fibromialgia como uma síndrome, porque caracteriza um grupo de sintomas sem que seja identificada uma causa específica.

Não existe uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas existem alguns sinais para identificá-la. Os estudos mais recentes mostram que pacientes com fibromialgia apresentam maior sensibilidade à dor do que outros que não têm a doença. Isso não está relacionado com o fato de se ser “forte” ou “fraco” com relação à dor. Na realidade, funciona como se o cérebro dos fibromiálgicos fosse uma bússola desregulada em que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Sendo assim, nervos, medula e cérebro estariam fazendo que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade.

A dor da fibromialgia é real. Existem estudos experimentais avançados mostrando o cérebro funcionando e os pacientes com fibromialgia sentindo dor. Também foram feitos estudos com o líquido que banha a medula e o cérebro (líquor) e foi visto que as substâncias que levam a sensação de dor para o cérebro estão de três a quatro vezes aumentadas em pacientes fibromiálgicos em comparação com pessoas sem o problema.

Tanto pacientes quanto médicos parecem entender melhor as causas de dor quando existe uma inflamação, um machucado, um tumor, que estão ali, visíveis, causando a dor. Na fibromialgia é diferente; se tirarmos um pedaço do músculo que está doendo e olharmos no microscópio, não encontraremos nada – porque o problema está somente na percepção da dor.

Dados epidemiológicos apontam uma maior incidência dessa entidade clínica em mulheres jovens, mas, não podemos deixar de abordar os homens, com muita sensibilidade a dor. A sociedade e muitos estudiosos insistem em proclamar que às mulheres são mais sofríveis que os homens, no entanto, sob o olhar de uma psicanalista, o sexo masculino sofre tanto como apontam o sofrimento do sexo feminino. Não podemos generalizar e racionalizar que o sexo feminino é mais suscetível do que o sexo masculino. Os homens ainda hoje, precisam omitir os seus sentimentos para não se mostrarem fracos. Isso é uma condição precária da observação humana.

Independente do sexo, existe nessa síndrome uma ausência de evidências na materialidade do corpo e a presença de fatores psicopatológicos dificulta o diagnóstico e tratamento. Face à diversidade e dos fatores envolvidos em determinadas síndromes. Faz-se necessário a indicação de uma abordagem multidisciplinar para um tratamento com resultados mais eficazes.

Nesse contexto, ao mesmo tempo em que os profissionais buscam uma cura para suas dores, os pacientes clamam pelo reconhecimento dessa síndrome que causa muito sofrimento.

DA PSICANÁLISE:
A sugestão é considerar a eventual função da fibromialgia na estruturação psíquica como solução subjetiva. Para o referencial teórico-clínico da psicanálise. A psicanálise fornece elementos para reflexões sobre a dor no corpo e seu lugar na psique.

A partir do estado atual das pesquisas sobre o tema – considerando a escassez de estudos no campo da psicanálise, o ponto nevrálgico para nós psicanalistas é podermos contribuir para uma abordagem da fibromialgia que sustente o relato da experiência de dor. Não temos à pretensão de pôr a fibromialgia a qualquer quadro psicopatológico, como a histeria ou a depressão – o foco da psicanálise é sublinhar a posição subjetiva – daquele que sofre em seu corpo essa dor “insuportável” para então, termos um diagnóstico junto os profissionais médicos no tratamento da fibromialgia.

O que a fibromialgia pode ensinar ao psicanalista? Acreditamos que, para além da doença, há um sujeito em questão e que o diagnóstico em psicanálise se produz a partir da posição que este ocupa frente ao seu sintoma. O que, para além da dor, do que o analisando diz, comporta um falar singular. Se na medicina o diagnóstico se alicerça nos fenômenos comprovados e numa probabilidade estatística, a psicanálise avança, para além dos fenômenos, os modos de enfrentar a singularidade do sofrimento. Da forma como a dor psíquica, implicada na dor física, faz com que a psicanálise avance na subjetividade dos casos sob o olhar clínico. A fibromialgia não pode ser igual para todos, mesmo que haja uma tipologia, uma peculiaridade sintomatológica na doença, o traço único dirá mais sobre aquele que sofre e sobre o uso que faz de sua dor.

“O umbral de estimulação requerido para transformar um estímulo sensorial em uma possível ameaça está significativamente rebaixado na Fibromialgia, sendo uma das características principais do processo neurobiológico, que afeta de forma extensa todo sistema e pode converter informações subclínicas em sensações desagradáveis em diferentes partes corporais.” (Collado, A., 2008, p. 517-518).

DA EXISTÊNCIA DE ESTADOS DOLOROSOS CRÔNICOS:
A existência de estados dolorosos crônicos sem substrato orgânico, doenças da dor, é assinalada desde o século XIX. Dentre elas, a fibromialgia (FM), conhecida como fibrosite desde 1904 (Gowers, 1904), tem denominação bastante recente (Smythe e Moldofsky, 1977). Reconhecida pela OMS em 1992, sob a identificação M 79.7 na classificação internacional das doenças (CID), essa síndrome é definida como composta de dores músculo-esquelético acompanhadas, frequentemente, de transtornos do sono e fadiga. A partir dessa classificação, que lhe confere um estatuto de doença, o aumento do interesse sobre a fibromialgia repercute em numerosos estudos (Kahn, 1989; Kochman, 2002; Heymann, 2006; Saltareli, Pedrosa, Hortense e Sousa, 2008). No entanto, sua etiologia permanece obscura e parece remeter a uma origem multifatorial, sem que nenhuma causalidade orgânica tenha sido detectada (Sordet-Guepet, 2004).

A maioria dos textos e estudos sobre o tema indica a possibilidade de uma comorbidades psiquiátrica no que concerne à presença de transtornos de ansiedade e depressão. Sendo assim, apontam a adequação do recurso a tratamentos medicamentosos conforme cada caso é suas comorbidades. Digno de nota, a indicação de tratamento psicoterápico é mencionada no recente estudo brasileiro sobre o tema ao mesmo tempo em que os exercícios de alongamento e assimilados (Heyman et al., Idem). De todo modo, a indicação de uma abordagem multidisciplinar para o tratamento dos casos de fibromialgia parece consenso na maioria dos trabalhos da área médica, figurando tanto no recente estudo Consenso brasileiro do tratamento da fibromialgia (Heyman et al., Ibid) quanto no relatório da Academie Française de Médecine (Menkès e Godeaul, 2007).

Numerosos autores reconhecem o importante e até mesmo preponderante papel dos fatores psíquicos no surgimento da fibromialgia. Ao mesmo tempo, a maior parte deles, rejeitam a assimilação desta a qualquer doença psiquiátrica e somente o componente psicossomático é, em certos casos, evocado. Uma vulnerabilidade psicológica marcada pelo stress (Boureau, 2000), a tendência ao “catastrofismo”, à “vitimização”, por vezes uma hiperatividade prévia, um contexto de tensão emocional constante, ansiedade e afetos depressivos vêm esboçar um quadro psicológico do paciente fibromiálgico. Todavia, sublinha-se que as relações de causalidade entre os sintomas psiquiátricos e a fibromialgia são difíceis de confirmar. (Menkès, Godeaul, 2007).

É possível que os transtornos encontrados na fibromialgia (fadiga, transtornos do sono, dores de cabeça, diminuição da atividade cognitiva) fazem observar os sinais de depressão, somando a uma síndrome dolorosa. Porém, não se encontram nem as ideias suicidas nem os elementos de desvalorização e autoacusações. Do mesmo modo, se os autores sublinham as relações inegáveis entre a fibromialgia e uma extensa lista de transtornos psicológicos, entre os quais a hipocondria, transtornos funcionais e somatoformes, o critério principal das dores difusas parece, entretanto, separá-los (Kochman, Hatron, 2003). Unicamente a comorbidades entre os estados de stress pós-traumático (SPT) e a fibromialgia, tanto em termos da expressão sintomática como no da anamnese (eventos traumáticos, violência, abusos sexuais etc.) parece confirmada no plano clínico. Geralmente, a fibromialgia inicia-se após um traumatismo psíquico (eventos recentes ou passados, situação prolongada de stress etc.) ou físico, por vezes mínimo (traumatismo, cirurgia, acidente de trabalho, de transito etc.).

Em muitos casos, as evidencias da doença através do diagnóstico pode permitir ao sujeito certo alívio. Na realidade, o reconhecimento da dor, abre a possibilidade de se ter à mão, como um prêt-à-porter, uma causa que fornece certo sentido aos males somáticos, mas também aos psíquicos. Graças a essa identidade adotada e caracterizada com o selo da fibromialgia, existe o des- prazer de sentir dores corporais, mas, porém, não necessita ser escondida ou omitida.

Na contrapartida às tentativas sempre sem definições e/ou de um diagnóstico exato para descrever um perfil típico do paciente fibromiálgico – correto será obter referências a uma psicopatologia sustentada na consideração do sujeito. Assim, não podemos proclamar que existe a “cura a qualquer preço”, mas pode-se, considerar a eventual função da fibromialgia na estruturação psíquica como solução subjetiva. Nessa ação “esperançosa,” (o médico, o psiquiatra, o psicanalista e/ou psicólogo) podem manter o dizer do sujeito em sua tentativa de esboçar uma teoria pessoal de sua doença. É um primeiro passo, uma via para permitir ao sujeito mudar ou, pelo menos, compreender sua posição face ao sofrimento sem remédio. Em alguns casos, esse pode ser um caminho para uma verdadeira mudança subjetiva, uma abertura para a interrogação sobre à maneira de se colocar no mundo, a singularidade de sua relação ao saber da realidade e lidar com sua condição, buscando viver melhor, sem prostração para não se tornar uma vítima da doença.

REFERÊNCIAS:
Rev. Mal-Estar Subj. vol.10 no.4 Fortaleza dez. 2010.

Entrevista com Reumatologista Eduardo S. Paiva
Chefe do Ambulatório de Fibromialgia do HC-UFPR, Curitiba.

Bennett, R. (2005), The Fibromyalgia impact questionnaire (FIQ): A review of its development, current version, operating characteristics and uses. Clinical and Experimental Rheumatology., 23 (Suppl. 39), S154-S162.

Collado, A. (2008). Fibromialgia: Una enfermedad más visible. Revista de la Sociedad. Española del Dolor, 15 (8), 517-520. Recuperado em 1 agosto 2010, da http://revista.sedolor.es/articulo.php?ID=589

Fernandes, M. H. (2001). As formas corporais do sofrimento: A imagem da hipocondria. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 4 (4), 61-80.

Freud, S. (1986). La perturbación psicógena de la visión según el psicoanálisis (Obras Completas Sigmund Freud, Vol. 9). Buenos Aires, Argentina: Amorrortu. (Originalmente publicado em 1910).

Gaspard, J.-L. (2009). Le corps du refus dans la modernité: l’exemple de la fibromyalgie. In J-L. Gaspard & C. Doucet (Orgs)., Pratiques et usages du corps dans notre modernité (pp. 129-139).Toulouse: ERES.

Heymann, R. E. (2006). O papel do reumatologista frente à fibromialgia e à dor crônica musculoesquelética. Revista Brasileira de Reumatologia, 46 (1). Recuperado em 1 agosto 2010, da http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042006000100001&lang=pt

Heymann, R. E., Paiva E. S., Helfenstein, M., Jr. Pollak D. F., Martinez, J. E., Provenza, J. R. et al. (2010). Consenso brasileiro do tratamento da fibromialgia. Revista Brasileirade Reumatologia 50 (1), 56-66. Recuperado em 3 agosto= 2010, da http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042010000100006Não

Houvenagel, E. (2001). Mécanismes de la douleur de la fibromyalgie. L’Observatoire de la Douleur, 11, 9-12.






Fibromialgia mistério resolvido, finalmente!


Pesquisadores descobriram a principal fonte de dor em pacientes com fibromialgia, e ao contrário do que muitos acreditam, não derivam do cérebro. Os resultados marcam o fim de um mistério de décadas sobre a doença, que muitos médicos acreditavam ser fruto da imaginação dos pacientes.

O mistério da fibromialgia deixou milhões de pessoas que sofrem à procura de esperança em medicamentos para a dor. Até recentemente, muitos médicos pensavam que a doença era “imaginária” ou psicológica, mas os cientistas agora revelaram que a principal fonte de dor resulta de um excesso de fibras nervosas sensoriais presentes ao redor dos vasos sanguíneos localizadas na palma das mãos.

A descoberta pode levar a novos tratamentos e talvez até mesmo a uma cura total no futuro, trazendo alívio para milhões de pessoas suspeitas de ter essa doença.


Para resolver o mistério da fibromialgia, os pesquisadores concentraram a atenção na pele da mão de uma paciente que tinha uma falta de fibras nervosas sensoriais, que causavam uma reação reduzida à dor.

Eles então pegaram amostras da pele das mãos de pacientes com fibromialgia, e foram surpreendidos ao encontrar uma quantidade extremamente excessiva de um determinado tipo de fibra nervosa.

Anteriormente os cientistas pensavam que essas fibras fossem apenas responsáveis por regular o fluxo de sangue, e que não desempenhassem qualquer papel na sensação de dor, mas agora eles descobriram que há uma ligação direta entre estes nervos e a dor corporal generalizada.

A descoberta também pode resolver a questão persistente de porque muitos doentes têm mãos extremamente dolorosas, bem como outros “pontos sensíveis” em todo o corpo, e porque o tempo frio parece agravar os sintomas. Além de sentir dor profunda generalizada, muitos pacientes com fibromialgia também sofrem de fadiga debilitante.

O neurocientista Dr. Frank L. Rice explicou: “Nós anteriormente pensávamos que estas terminações nervosas só estivessem envolvidas na regulação do fluxo sanguíneo em um nível subconsciente, mas agora temos evidências de que as terminações dos vasos sanguíneos também podem contribuir para o nosso sentido consciente do toque, e também da dor “, disse Rice.
“Este fluxo de sangue mal administrado pode ser a fonte de dores musculares e da sensação de fadiga nos pacientes com fibromialgia.”
Os tratamentos atuais para a doença não trouxeram alívio completo para os milhões de pessoas que sofrem. Terapias incluem analgésicos narcóticos; medicamentos anti-convulsivos, anti-depressivos e conselhos, mesmo simples, tais como “dormir mais e exercitar regularmente.”

Agora que a causa da fibromialgia foi identificada, os pacientes estão ansiosos para uma eventual cura.