terça-feira, 12 de agosto de 2014

O AMOR COM LIMITES por Ricardo Prado




O amor não é uma esponja banhada com limpador multiuso capaz de remover até as sujeiras mais difíceis. Muitos erram e causam males e danos constantes ao outro em suas relações amorosas e pessoais ao acreditarem que o amor deve limpar e se sobrepor à todas as suas sujeiras e assim utilizam-se deste sentimento para assegurar que seus erros não causem danos a eles mesmos, para que assim se assegurem do perdão e possam continuar praticando seus deslizes e faltas.

É essencial que se entenda que até o amor deve possuir limites, do contrário você mesmo se perderá entre o limite do que lhe faz bem e do que lhe faz mal ao assumir o dever de perdoar em nome do amor. Ninguém é obrigado a fechar os olhos para os erros das pessoas em nome do amor. Este é um grave erro que leva à inconsciência dos limites da própria integridade como ser humano.

É necessário um consciente e maduro cuidado ao enxergar o amor do outro como uma eterna segurança. Como algo inquebrável e superior à qualquer coisa mundana. Após um certo desgaste ele passa de uma inabalável estrutura à fragilidade de uma taça de cristal. O amor é sim um grande poder e uma grande força de perdão e superação, mas jamais nos esqueçamos de que todos ainda somos frágeis e instáveis Seres Humanos.

Não é o amor que promove segurança. O que promove segurança é a consciência, a maturidade e o respeito.

Ricardo Prado


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