domingo, 10 de março de 2013

UM MANIFESTO DE UMA SÓ HUMANIDADE - OSHO





Eu sou um novo ser humano hoje.
Muito diferente daquele escravizado por um 
tirano psicótico de 2 polos de uma família desgraçada.
Quebrei minhas algemas do passado de sofrimento, decepção...
Conquistei minha carta de alforria de uma mãe distorcida.
Que venham novos sonhos, novas realizações, amores.
Que o amor seja o ponto de partida, de meio e chegada.
Roberta Carrilho



O novo ser humano contém toda a minha filosofia sobre a vida e sobre como ela deveria ser — vivida em sua totalidade, intensamente, integralmente, de modo que não nos arrastemos simplesmente do berço à sepultura, mas possamos fazer de cada momento uma grande alegria — uma canção, uma dança, uma celebração.
O ser humano obsoleto que existiu até agora está no seu leito de morte. Ele já sofreu muito; precisa de toda a nossa compaixão. Ele foi condicionado a viver infeliz, sofrendo, torturando a si mesmo.
Fizeram-lhe uma promessa: quanto mais ele sofrer, mais se torturar, mais masoquista for, mais destruir a própria dignidade, mais será recompensado. Esse era um conceito muito conveniente, pois o homem que está pronto para sofrer pode ser facilmente escravizado.
O novo ser humano não é um melhoramento do antigo; ele não é um fenômeno contínuo, nem um aperfeiçoamento. O novo ser humano é a declaração de morte do antigo e o nascimento de um ser humano totalmente novo — não condicionado, sem nenhuma nação, sem nenhuma religião, sem nenhum preconceito de homem ou mulher, de branco ou de negro, de Oriente ou Ocidente, de Norte ou de Sul.
O novo homem é um manifesto de uma única humanidade.
O novo amará esta vida, este mundo. O novo aprenderá a arte de viver, de amar e de morrer. O novo não se preocupará com céu e inferno, pecado e virtude. O novo homem se preocupará em aumentar as alegrias da vida, os prazeres da vida — mais flores, mais beleza, mais humanidade, mais compaixão.
O novo ser humano não é alguém vindo de outro planeta. O novo ser humano é você renovado, no silêncio do seu coração, nas profundezas da meditação, nos belos espaços do amor, nas canções de alegria, nas danças de êxtase, no amor a este planeta.
Nenhuma religião o ensina a amar a Terra — e esta Terra é a sua mãe, e estas árvores são suas irmãs e estas estrelas são suas amigas.
Você nasce como um livro vazio e depende de você o que fazer com ele.
Nascer não é o mesmo que viver; é só uma oportunidade que lhe dão para criar a vida… para criar uma vida tão bela, gloriosa e amorosa quanto você pode imaginar, quanto você pode sonhar.
Os sonhos do novo ser humano e a sua realidade serão uma coisa só, porque os sonhos dele estarão enraizados aqui na Terra. Eles trarão flores e frutos. Não serão apenas sonhos — farão do mundo uma terra de sonho.
Perceba a responsabilidade. O ser humano nunca se viu diante de uma responsabilidade tão grande; a responsabilidade de renunciar a todo o passado, a apagá-lo do seu ser.
Esta Terra pode ser um esplendor, uma magia, um milagre. Nossas mãos têm esse toque — o que acontece é que nunca tentamos. O homem nunca deu ao seu potencial uma chance para crescer, para florir, para atingir a plenitude, o total contentamento, para encher a Terra de flores, encher a Terra com sua fragrância. Para mim essa fragrância é a divindade.
E porque conhecemos o velho mundo e suas misérias, podemos evitar todas essas misérias; podemos evitar toda inveja, toda raiva, todas as guerras, todas as tendências destrutivas…
Podemos passar por uma transformação total: podemos criar pessoas inocentes, pessoas amorosas, pessoas que respiram liberdade, pessoas que ajudam umas às outras a serem livres.
Podemos criar condições para que todos tenham dignidade, todos sejam respeitados — não de acordo com alguns ideais e valores, mas pelo que a pessoa é. O novo ser humano será o sal da terra.

Osho, em “Transformando Crises em Oportunidades: O Grande Desafio Para Criar um Futuro Dourado Para a Humanidade”


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