sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

FELIZ ANO NOVO EM VÁRIAS LÍNGUAS



Alemão: Gutes neues jahr

Catalão: Bon any nou

Chinês Mandarim: Xin nian yu kuai

Espanhol: Feliz ano nuevo

Esperanto: Bonan novjaron

Finlandês: Onnellista uutta vuotta

Francês: Bonne année

Galês: Blwyddyn newydd dda

Grego: Kainourios chronos

Hebreu: Shanah tovah

Holandês: Gelukkig nieuwjaar

Húngaro: Boldog ujevet

Indonesiano: Selamat tahun baru

Inglês: Happy new year

Islandês: Farsflt komandi ar

Italiano: Buon capo d'anno

Japonês: Akemashite omedetou gozaimasu

Latim: Annum faustum

Norueguês: Godt nytt ar

Polonês: Szczesliwego nowego roku

Português: Feliz ano novo


COMO VEJO O MUNDO - ALBERT EINSTEIN




Minha condição humana me fascina. Conheço o limite da minha existência e ignoro por que estou nesta terra, mas às vezes o pressinto. Pela experiência cotidiana, concreta e intuitiva, eu me descubro vivo para alguns homens, porque o sorriso e a felicidade deles me condicionam inteiramente, mas ainda para outros que, por acaso, descobri terem emoções iguais as minhas.

E cada dia, milhares de vezes, sinto minha vida – corpo e alma- integralmente tributária do trabalho dos vivos e dos mortos. Gostaria de dar tanto quanto recebo e não paro de receber.

Recuso-me a crer na liberdade e neste conceito filosófico. 

Eu não sou livre e, sim às vezes, constrangido por pressões estranhas a mim, outras vezes por convicções íntimas. Ainda jovem, fiquei impressionado pela máxima de Schopenhauer: “O homem pode, é certo, fazer o que quer, mas não pode querer o que quer”; e hoje, diante do espetáculo aterrador das injustiças humanas, esta moral me tranquiliza e me educa. Aprendo a tolerar aquilo que me faz sofrer. Suporto então melhor meu sentimento de responsabilidade. Ele já não me esmaga e deixo de me levar, a mim e aos outros, a sério demais. Vejo então o mundo com bom humor. Não posso me preocupar com o sentido ou a finalidade da minha existência, nem da dos outros, porque do ponto de vista estritamente objetivo, é absurdo. E, no entanto, como homem, alguns ideais dirigem minhas ações e orientam meus juízos. 

Conheço com lucidez e sem prevenção as fronteiras da comunicação e da harmonia entre mim e os outros homens. 

Com isso perdi algo da ingenuidade ou da inocência, mas ganhei minha independência. Já não mais firmo uma opinião, um hábito ou um julgamento sobre outra pessoa. Testei o homem. É inconsistente.

O mistério da vida me causa a mais forte emoção. É o sentimento que suscita a beleza e a verdade, cria a arte e a ciência. Se alguém não conhece essa sensação ou não pode mais experimentar espanto e surpresa, já é um morto vivo e seus olhos se cegaram.

A alegria de contemplar e de compreender, eis a linguagem que a natureza me incita.




(Trechos extraídos do Livro: Como vejo o mundo, de Albert Einstein-1953)


HÁ DE SE CUIDAR DA AMIZADE E DO AMOR por Leonardo Boff



A amizade e o amor constituem as relações maiores e mais realizadores que o ser humano, homem e mulher, pode experimentar e desfrutar. Mesmo o místico mais ardente só consegue uma fusão com a divindade através do caminho do amor. No dizer de São João da Cruz, trata-se da experiência da “a amada(a alma) no Amado transformada”.

Há vasta literatura sobre estas duas experiências de base. Aqui restringimo-nos ao mínimo. A amizade é aquela relação que nasce de uma ignota afinidade, de uma simpatia de todo inexplicável, de uma proximidade afetuosa para com a outra pessoa. Entre os amigos e amigas se cria uma como que comunidade de destino. A amizade vive do desinteresse, da confiança e da lealdade. A amizade possui raízes tão profundas que, mesmo passados muitos anos, ao reencontrarem-se os amigos e amigas, os tempos se anulam e se reatam os laços e até se recordam da última conversa havida há muito tempo.

Cuidar da amizade é preocupar-se com a vida, as penas e as alegrias do amigo e da amiga. É oferecer-lhe um ombro quando a vulnerabilidade o visita e o desconsolo lhe oculta as estrelas-guias. É no sofrimento e no fracasso existencial, profissional ou amoroso que se comprovam os verdadeiros amigos e amigas. Eles são como uma torre fortíssima que defende o frágil castelo de nossas vidas peregrinas.

A relação mais profunda é a experiência do amor. Ela traz as mais felizes realizações ou as mais dolorosas frustrações. Nada é mais misterioso do que o amor. Ele vive do encontro entre duas pessoas que um dia cruzarem seus caminhos, se descobriram no olhar e na presença e viram nascer um sentimento de enamoramento, de atração, de vontade de estar junto até resolverem fundir as vidas, unir os destinos, compartir as fragilidades e as benquerenças da vida. Nada é comparável à felicidade de amar e de ser amado. E nada há de mais desalodor, nas palavras do poeta Ferreira Gullar, do que não poder dar amor a quem se ama.

Todos esses valores, por serem os mais preciosos, são também os mais frágeis porque mais expostos às contradições da humana existência.

Cada qual é portador de luz e de sombras, de histórias familiares e pessoais diferentes, cujas raízes alcançam arquétipos ancestrais, marcados por experiências bem sucedidas ou trágicas que deixaram marcas na memória genética de cada um.

O amor é uma arte combinatória de todos estes fatores, feita com sutileza que demanda capacidade de compreensão, de renúncia, de paciência e de perdão e, ao mesmo tempo, comporta o desfrute comum do encontro amoroso, da intimidade sexual, da entrega confiante de um ao outro. A experiência do amor serviu de base para entendermos a natureza de Deus: Ele é amor essencial e incondicional.

Mas o amor sozinho não basta. Por isso São Paulo em seu famoso hino ao amor, elenca os acólitos do amor sem os quais ele não consegue subsistir e irradiar. O amor tem que ser paciente, benigno, não ser ciumento, nem gabar-se, nem ensoberbecer-se, não procurar seus interesses, não se ressentir do mal…o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta…o amor nunca se acaba (1Cor 13, 4-7). Cuidar destes acompanhantes do amor é fornecer o húmus necessário para que o amor seja sempre vivo e não morra pela indiferença. O que se opõe ao amor não é o ódio mas a indiferença.

Quanto mais alguém é capaz de uma entrega total, maior e mais forte é o amor. Tal entrega supõe extrema coragem, uma experiência de morte pois não retém nada para si e mergulha totalmente no outro. O homem possui especial dificuldade para esta atitude extrema, talvez pela herança de machismo, patriarcalismo e racionalismo de séculos que carrega dentro de si e que lhe limita a capacidade desta confiança extrema.

A mulher é mais radical: vai até o extremo da entrega no amor, sem resto e sem retenção. Por isso seu amor é mais pleno e realizador e, quando se frustra, a vida revela contornos de tragédia e de um vazio abissal.

O segredo maior para cuidar do amor reside no singelo cuidado da ternura. A ternura vive de gentileza, de pequenos gestos que revelam o carinho, de sacramentos tangíveis, como recolher uma concha na praia e levá-la à pessoa amada e dizer-lhe que, naquele momento, pensou carinhosamente nela.

Tais “banalidades” tem um peso maior que a mais preciosa joia. Assim como uma estrela não brilha sem uma atmosfera ao seu redor, da mesma forma, o amor não vive sem um aura de enternecimento, de afeto e de cuidado.

Amor e cuidado formam um casal inseparável. Se houver um divórcio entre eles, ou um ou outro morre de solidão. O amor e o cuidado constituem uma arte. Tudo o que cuidamos também amamos. E tudo o que amamos também cuidamos.

Tudo o que vive tem que ser alimentado e sustentado. O mesmo vale para o amor e para o cuidado. O amor e o cuidado se alimentam da afetuosa preocupação de um para com o outro. A dor e a alegria de um é a alegria e a dor do outro.

Para fortalecer a fragilidade natural do amor precisamos de Alguém maior, suave e amoroso, a quem sempre podemos invocar. Daí a importância dos que se amam, de reservarem algum tempo de abertura e de comunhão com esse Maior, cuja natureza é de amor, aquele amor, que segundo Dante Alignieri da Divina Comédia “move o céu e as outras estrelas” e nós acrescentamos: que comove os nossos corações.

Leonardo Boff é autor de O Cuidado necessário, Vozes 2012.








terça-feira, 24 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL (2013) por Roberta Carrilho





Mais um ano que termina... Mais um ano que se inicia... Nesta mensagem quero recordar o significado da palavra Natal. Natal significa nascer, daí os derivados natalício e natalidade. Que os dias do próximo Ano sejam de eternos “nasceres”, como a ave mitológica Fênix, que sempre renascia das próprias cinzas.
Que o Ano de 2014 nos proporcione as condições para que sigamos na trilha de nossa evolução, que cada dia seja um novo amanhecer para nossas almas, nossas mentes e nossos corpos. Que cada dia de 2014 seja um dia de transformação, e com ela possamos sentir uma maior plenitude daquilo que chamamos Vida.
Nesta oportunidade quero agradecer a todos vocês leitores e visitantes do meu blog, a oportunidade que tive de estarmos juntos, presencial ou virtualmente, durante o ano que se finda. E comemorarmos juntos uma marca alcançada bem expressiva neste ano 2013 foram mais de 375 mil visitas. Ho Ho Ho !!
Desejo a todos vocês, de coração, que o Ano de 2014 seja muito melhor em todos os sentidos que 2013, e que juntos, nesta parceria, consigamos buscar sempre uma melhor qualidade de vida em cada novo amanhecer.
Obrigada a todos.
Muita paz e saúde
Roberta Carrilho




P.S.: Ah! Não poderia esquecer de desejar MUITO AMOR ROMÂNTICO e CORRESPONDIDO para todos nós. 

Assim Seja!



QUE BOM SERIA SE TODOS OS DIAS FOSSEM NATAL!! por Cidinha Araújo




"Feliz Natal pra você que acredita que a noite de hoje não carece de presentes, pois durante todo ano você entendeu, ajudou, doou, compreendeu, compartilhou seus melhores sentimentos com quem gostaria de presentear. Feliz Natal pra você que ama e aceita a forma diferente de agir e pensar das pessoas que convivem todos os dias com você. Feliz Natal pra você que entende que estamos comemorando Renascimento. É nesta época, que estamos abertos às nossas mudanças interiores, pois Natal de nada vale a pena se nós mesmos não formos capazes de nos transformar. E ao outro também. Feliz Natal pra você que acolhe, que abraça com atitudes, que enfeita os dias dos que ama com as pequenas, mas verdadeiras delicadezas. Feliz Natal pra você que é um verdadeiro presente para os outros e para a vida, com sua simplicidade, sua alegria espontânea e sua capacidade de amar, mesmo nos piores momentos. Pois a vida não é fácil, mas podemos melhorá-la se quisermos. 

Se pudermos. 
FELIZ NATAL!!!! COM AMOR!"


por Cidinha Araújo



segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

20 VERDADES SOBRE A DEPRESSÃO


1 - Tristeza, ansiedade e angústia são sentimentos normais e que fazem parte da vida de todos nós. Já a depressão está relacionada a um desequilíbrio químico no cérebro e necessita de atenção médica.

2 - Acredita-se que a doença seja provocada por fatores genéticos, mas a morte de um ente querido e situações de estresse extremo também podem ser gatilho para o problema. Em crianças, a separação dos pais e a mudança de escola podem ser fatores desencadeantes.

3 - Alguém está deprimido quando apresenta, por ao menos duas semanas, cinco dos sintomas a seguir:

- Baixo-astral durante a maior parte do tempo.
- Desinteresse total pelas atividades do dia a dia.
- Perda ou ganho de peso.
- Insônia ou muito sono.
- Agitação ou apatia total.
- Fadiga ou perda de energia.
- Sentimento de culpa ou sensação de ser inútil.
- Diminuição da capacidade de concentração (a pessoa começa uma atividade e não a conclui).
- Ficar pensando em morte o tempo.

4 - A doença pode se manifestara partir dos 4 anos de idade e ocorre igualmente entre meninos e meninas. É difícil perceber o problema no início, pois a criança muitas vezes apenas fica mais quieta. Ansiedade, desinteresse por brincadeiras e dificuldade na escola são sinais de alerta.

5 - Fortaleça a autoestima do seu filho. Elogie, encoraje, faça com que ele se sinta importante e reconhecido. Crie situações em que o pequeno possa expressar os sentimentos dele, como por meio de desenhos. 

6 - Quando um dos pais tem depressão, o risco de o adolescente sofrer com a doença é maior. Por causa das alterações hormonais, as meninas são mais vulneráveis. 

7 - O adolescente deprimido age como se a melhor defesa fosse o ataque. Sente-se incapaz o tempo todo, sem forças para enfrentar desafios. Está sempre irritado ou tristonho, o que compromete as relações familiares, as amizades e o desempenho escolar. 

8 - Em idosos, a falta de ocupação piora o quadro de depressão. Por isso, é importante estimulá-los a ter atividades. Para evitar que ele se sinta um estorvo na vida dos parentes, envolva-o na rotina da casa. Se ele não participar do dia a dia familiar, acabará se isolando.

9 - Deprimido, o idoso pode comer menos, ficar sonolento e descuidar da higiene. Com isso, há risco de desnutrição, desidratação e processos infecciosos.

10 - No idoso, a depressão pode ser sintoma de diabetes descontrolada ou hipotireoidismo. Leve-o ao médico para checar.

11 - Cerca de 15% das mulheres entram em depressão depois do parto. Quem teve a doença antes de engravidar está mais sujeita a enfrentá-la novamente após dar à luz.

12 - Sonolência, falta de energia e perda do desejo sexual são sintomas da depressão pós-parto. Mas, atenção! Sentir um vazio e muita vontade de chorar é normal depois que o bebê nasce e nem sempre se trata de depressão. Fale com o médico.

13 - A depressão tende a ficar mais forte cerca de quatro a seis semanas depois do parto. O tratamento é necessário para evitar complicações e não comprometer o vínculo de mãe e filho.

14 – Se você tem um familiar com depressão, tenha paciência. Entenda que a dificuldade para reagir é uma das características da doença. A depressão tira as forças para lutar.

15 - Não deixe a pessoa trancada no quarto o dia todo com a cortina fechada. Incentive-a a se alimentar e a cuidar da higiene e também da aparência. Mas, lembre-se: estimular não significa forçar a ir ao shopping ou sorrir. Respeite as limitações que a doença impõe naquele momento.

16 - Nos casos leves, a psicoterapia, que ajuda o paciente a encontrar formas de lidar com as próprias emoções, pode ser suficiente. Já nos quadros mais graves, é preciso associar a psicoterapia ao tratamento com remédios, receitados por um psiquiatra.

17 - Os antidepressivos não são “pílulas da felicidade”. Ao regular a produção de certas substâncias no cérebro, eles aliviam os sintomas da depressão. Mas levam de duas a oito semanas para começarem a fazer efeito. Uma vez que o paciente comece a se sentir melhor, o tratamento deve ser mantido por seis meses, no mínimo. Nunca se deve deixar de tomar o remédio por conta própria.

18 - A atividade física pode trazer muitos benefícios. Estimule a pessoa a caminhar assim que tiver ânimo para isso.

19 - Ter bichos de estimação pode ajudar a lidar com a doença porque, quando brincamos com um animal, o organismo diminui a produção de cortisol, o hormônio do estresse. Além disso, acariciar o bicho promove o aumento de serotonina, substância que ajuda a combater a depressão.

20 - A ciência já comprovou que tratamentos alternativos, como arteterapia e dançaterapia, apresentam ótimos resultados. Eles permitem que o paciente expresse suas emoções, mas precisam ser aliados a terapia e medicamentos, quando for o caso.





MAIS SERES HUMANOS POR FAVOR! PORQUE DE GENTE O MUNDO JÁ TÁ BEM CHEIO!! por Ricardo Prado



Mais Seres Humanos, por favor ! Porque de gente... o mundo já tá bem cheio !
Ricardo Prado 

CARTEL A 'LA PSDB' DUAS FATIAS POR FAVOR !!


PSDB barra investigações sobre cartel na Assembleia





PAULO GAMA
DE SÃO PAULO

A base de sustentação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa de São Paulo conseguiu blindar o Palácio dos Bandeirantes contra investigações sobre o cartel que atuou em licitações do Metrô e da CPTM durante sua administração e em outros governos tucanos.

Sem número suficiente de deputados para instalar uma CPI, a oposição tentou convocar autoridades, empresários e consultores envolvidos com o cartel a prestar depoimentos em duas comissões.

Desde agosto, foram apresentados 38 requerimentos para que fossem chamadas 26 pessoas. Dessas, só três foram ouvidas pelos deputados.


As comissões em que os pedidos foram feitos –de Transportes e Infraestrutura, ambas com maioria governista– adiaram a análise de vários pedidos indefinidamente, rejeitaram outros e ainda transformaram convocações em convites, o que desobriga o convidado de comparecer.

"Eles estão obstruindo justamente para dificultar o processo investigativo", disse o líder dos petistas na Assembleia, Luiz Cláudio Marcolino.

Os deputados governistas dizem que não houve blindagem e que as três pessoas ouvidas eram as mais relevantes: o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e os atuais presidentes do Metrô, Luiz Antonio Pacheco, e da CPTM, Mário Manuel Bandeira.

"As pessoas mais importantes foram chamadas, e todos os deputados puderam tirar suas dúvidas. Foi tão transparente que nenhum questionou qualquer resposta dada por eles", disse João Caramez (PSDB), presidente da Comissão de Transportes.

O requerimento que levou Fernandes à Assembleia foi uma concessão da base de Alckmin para enfraquecer o discurso do PT, que usava o argumento de que as comissões não investigavam o caso para tentar criar uma CPI.

Para adiar a análise dos requerimentos, os aliados do governador se valem de uma norma do regimento da Assembleia que permite que cada deputado peça vistas do pedido uma vez, adiando a votação por uma semana. A oposição usa a mesma tática para adiar votações e evitar que pedidos sejam derrubados nos dias em que há maioria governista presente na reunião da comissão.

Entre as pessoas que deixaram de depor está Pedro Benvenuto, ex-assessor da Secretaria de Transportes Metropolitanos acusado de repassar informações do Metrô e da CPTM a um consultor. Sua convocação foi transformada em convite a pedido de um deputado do PPS e aprovada, mas ele não compareceu no dia marcado.

Os presidentes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Vinicius Carvalho, e da Siemens, Paulo Stark, e o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) também ignoraram convites das comissões e não compareceram.

Estão pendentes na pauta da Comissão de Transportes pedidos para ouvir os executivos da Siemens que denunciaram o cartel ao Cade, entre eles Everton Rheinheimer, que disse à Polícia Federal que políticos do PSDB receberam propina do esquema.

A comissão derrubou ainda requerimentos para ouvir João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM que recebeu US$ 836 mil numa conta na Suíça, e José Fagali Neto, consultor que recebeu informações de Pedro Benvenuto. Para os governistas, os pedidos feitos pela oposição são "eleitoreiros" e "não passam de politicagem". "Se deixar por conta deles, todo dia tem dois ou três servidores pra ser ouvidos", disse Dilador Borges (PSDB), da Comissão de Infraestrutura. "Não nos podemos dar o luxo de ficar ouvindo as pessoas por ouvir." A oposição também tentou evitar constrangimentos. Quando o tucano Caramez pediu que o presidente do Cade fosse chamado para explicar suas ligações com o PT, foi a vez de o deputado petista Gerson Bittencourt pedir o adiamento do requerimento.



Editoria de Arte / Folhapress

A GENTE QUEBRA O GELO ASSIM!


Alguém tem que dar o primeiro passo!
E esse é o mais forte e corajoso deles. 

Sabem por quê?
Porque ele NÃO se importa com os outros vão pensar, falar, etc
O que importa realmente é dar o primeiro passo
na busca da sua felicidade! 

É para pensar e copiar sem medo... é infalível - 100% de eficácia!!

É o que eu desejo para todos neste novo ano que irá se iniciar 
daqui alguns dias. Busquem ser felizes!
Roberta Carrilho


domingo, 22 de dezembro de 2013

VIDA





COSTURANDO A VIDA por Janaína Cavallin




"A gente podia poder costurar o tempo,
bordando em cima dos erros para que eles sumissem.
Costurar as pessoas que gostamos pertinho.
Costurar os domingos, um mais perto do outro.
Costurar o amor verdadeiro no peito de quem a gente ama.
Costurar a verdade na boca dos seres.
Costurar a saudade no fundo de um baú para que ela de lá não fuja.
Costurar a auto estima bem alto, pra que nunca ela caia.
Costurar o perdão na alma e a bondade na mão.
Costurar o bem no bem e o bem sobre o mal.
Costurar a saúde na enfermidade e a felicidade em todo lugar."


Janaína Cavallin



EU TINHA UM CACHORRO PRETO, SEU NOME ERA DEPRESSÃO [LEGENDADO]





Filha para nós!
mamãe



MAIS OU MENOS por Chico Xavier




A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.


A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...

TUDO BEM!

O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum... 

é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.

Chico Xavier



TOPLESSAÇO NO RIO



Fracassa ‘toplessaço’ agendado no Facebook

risos!
RC




O CORAÇÃO MAIS BONITO por Fênix Faustine



Um jovem estava no centro da cidade, dizendo ter o coração mais bonito da região. Uma multidão o cercou e todos admiraram o seu coração. Não havia marca ou qualquer outro defeito.  Todos concordaram que era o coração mais bonito que já tinham visto e o jovem continuou muito orgulhoso por seu belo coração. Até que de repente, um velho apareceu diante da multidão e disse: 
- Seu coração parece perfeito, mas eu não trocaria o meu pelo seu.

A multidão e o jovem olharam para o coração do velho, que batia com vigor, mas estava cheio de cicatrizes. Havia locais em que pedaços tinham sido removidos e outros tinham sido colocados no lugar, mas estes não encaixavam direito, causando muitas irregularidades. Em alguns pontos do coração, faltavam pedaços.

O jovem olhou para o coração do velho e disse: 
- O senhor deve estar brincando... Compare nossos corações. O meu está perfeito, intacto. O seu é uma mistura de cicatrizes e buracos! 

A multidão riu da situação.
- Sim - disse o velho. Cada cicatriz representa uma pessoa a quem dei o meu amor. Tirei um pedaço do meu próprio coração e dei para cada uma dessas pessoas. Muitas delas deram-me também um pedaço do próprio coração para que eu colocasse no meu, mas, como os pedaços não eram exatamente iguais, há irregularidades. Mas eu as estimo, porque me fazem lembrar do amor que compartilhamos.

E cheio de emoção, concluiu:
- Algumas vezes, dei pedaços do meu coração a quem não me retribuiu... Por isso há buracos. Eles doem... Ficam abertos, lembrando-me do amor que senti por essas pessoas... Tenho a esperança de que um dia elas retribuam, preenchendo esses espaços. 

A multidão silenciou.
O jovem ficou calado e lágrimas escorreram pelo seu rosto. Ele aproximou-se do velho. Tirou um pedaço de seu perfeito e jovem coração e ofereceu ao velho, que retribuiu o gesto. O jovem olhou para o seu coração, não mais perfeito como antes, mas mais belo que nunca. Os dois se abraçaram e saíram caminhando lado a lado e o jovem ficou pensando:


“Como deve ser triste passar a vida com 
o coração intacto”.


Fênix Faustine



sábado, 21 de dezembro de 2013

AQUELAS MULHERES ...



Conheça a história das escravas brancas judias, chamadas de “polacas”, que foram levadas ao Rio de Janeiro por cafetões, no final do século XIX. Lá, elas criaram uma sociedade de ajuda mútua, uma sinagoga e um cemitério, mantendo seu vínculo com a religião.

Licenciado por:Matilde Teles e Verena Kael


PEÇA QUE INSPIROU CRIAÇÃO DO TIO PATINHAS É LANÇADA COMO LIVRO INFANTIL por Nelson de Sá (Folha de S. Paulo)


Ilustração do livro "A Última Chance"

Quase não existia Natal na Inglaterra, quando Charles Dickens publicou "Conto de Natal", em dezembro de 1843. Não como nós conhecemos hoje o Natal, inclusive no Brasil, com a árvore rodeada de presentes e cartões.

Dickens criou a história de conversão do empresário avarento Scrooge, que descobre o espírito do Natal em encontros com a "alma penada" do sócio morto e com três Fantasmas dos Natais -do passado, do presente e do futuro.

É o mesmo espírito de amor e generosidade que a Inglaterra e outros países de maioria protestante redescobriram então no Natal, não mais como uma festa católica, mas fraterna.

Foi a partir daí, do livro e dessa Inglaterra da metade do século 19, que se popularizaram mundo afora a árvore de Natal e a imagem do Papai Noel, Father Christmas, que se uniria depois ao Santa Claus nos Estados Unidos.

"Conto de Natal" já ganhou todo tipo de adaptação, desde as primeiras para teatro, que estrearam semanas depois em Londres, até as dezenas de filmes produzidos em Hollywood, inclusive da Disney.

Scrooge McDuck, aliás, é o nome original do célebre muquirana Tio Patinhas, personagem da Disney apresentado como o mais rico do mundo, tio do Pato Donald. 

Com o título de "A Última Chance", referência à oportunidade de mudança que é anunciada pelo sócio morto a Scrooge, sai agora no Brasil uma adaptação teatral de Marcia Kupstas, que segue a estrutura do original. 

A linguagem é acessível, popular, e a autora se declara ansiosa por ver a obra no palco, encenada por quem quer que se interesse. E, sim, Scrooge aproveita a última chance.

"A ÚLTIMA CHANCE"

AUTORA Marcia Kupstas
EDITORA Melhoramentos
PREÇO R$ 32
INDICAÇÃO a partir de 11 anos




ESPÍRITO NATALINO por Pedro Alexandre Sanches


Não cabe em si neste final de ano, de tanto espírito natalino acalentado dentro do coração. Quando o ano começou a acabar, indignou-se com o crime passional da hora, com o sequestrador da ex-namorada, com a filha que matou os próprios pais, com os estupradores da Escola-Base. Clamou pelo linchamento dos culpados em praça pública.

Deseja uma maior distribuição de renda e uma menor desigualdade social no Brasil – desde que isso não signifique uma invasão de favelados aos mais equipados shopping centers do país.

Crê em Deus, e amaldiçoa todas as religiões que não sejam a sua.

Cultua nove entre dez astros da MPB e dez entre dez mitos hollywoodianos. Quer distância de homossexuais. Acredita que liberdade sexual é promiscuidade.

Sente repulsa pelos apedeutas, pelos ignorantes, pelos incultos. Leu poucos livros ao longo do ano.

Luta pelos direitos homossexuais e aplaude os xingamentos de “vadia”, “vagabunda” e “piranha” que enchem de ibope a novela das nove. É militante antirracista, sabe o que é ser vítima de preconceito racial e ofende homossexuais na rua ou na rede social. É feminista e atravessa a rua em sobressalto se vê à frente um Emicida, um Mano Brown, um Mr. Catra, um Carlinhos Brown, um Seu Jorge, um Neymar.

Toma de assalto a CDHM (Comissão de Direitos Humanos e Minorias) da Câmara dos Deputados, com o objetivo consciente de estuprar quaisquer direitos que não sejam os de sua própria turma.

Ama os bichos (especialmente os beagles) como se eles fossem membros da família, nem que para protegê-los seja necessário queimar na fogueira os ícones blasfemos da ciência.

Detesta a Paula Lavigne como se ela fosse sua madrasta.

Deseja e faz o bem à empregada doméstica, ao porteiro, ao motoboy. Gostaria de não ter de encontrá-los no aeroporto (que, por sinal, está um caos).

É humanista progressista, mas cancela visto de existência a quem queira viver fora do eixo, fora da mídia, fora da terra, fora do teto, fora da tradição, da família e da propriedade.

Odeia política. Odeia politicos. Odeia corrupção. Odeia corruptos. Escolhe a dedo os politicos e os corruptos que vai combater.

Não gosta das séries da Globo. Só das da Fox.

Ama a Justiça acima de tudo. Mesmo que ela seja feita pelas próprias mãos.

Está ao lado do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na militância a favor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) progressivo: quanto mais pobre, mais paga!

É contra o abuso de taxas e impostos (é contra taxas e impostos, a bem da verdade). Às vezes precisa sonegar algum.

É contra propinas, jabaculês, mensalões. Às vezes precisa pagar algum. Eventualmente se vê na inevitabilidade de cobrar algum.

Aplaude, legitima e consome concessões públicas que usam os bens públicos como se fossem privados. Cá entre nós, também faz uma baguncinha, na sua própria vida, entre o que é virtude pública e o que é vício privado (e vice-versa).

Deplora o racismo. Não simpatiza muito com baianos, paulistas, cariocas, paraibanos, índios, árabes, judeus, palestinos...

Estudou na USP, aculturou-se, não tem preconceitos estéticos, nem de classe social.

Deplora o racismo. Aprecia a sofisticação e em sua casa não se ouvem funk, rap, axé, pagode, tecnobrega, lambada, forró, arrocha, sertanejo. Tudo tem limites, e seus limites são estritamente estéticos.

Sabe que a praia e a praça são do povo como o céu é do condor e do avião, mas… na sua praia, não!!! Chamará a polícia se esses maloqueiros tiverem a audácia de invadir sua praia (detesta a polícia, mas recorrerá a ela se necessário).

É contra as drogas, é contra os drogados, é contra o tráfico de drogas, é contra quem acha que o tráfico de drogas é uma droga, é contra a legalização das drogas.

É contra isto tudo que está aí. É contra a esquerda. É contra a direita. É contra os Black Blocs. É contra ir às ruas. É contra quem não vai às ruas. É contra isto tudo que está aí.

Tem muito amor para dar, e vai dar todo o amor que tem neste ano (se neste ano não der, vai ser no próximo). Ama o Natal e o ano novo, preenche-se de bons sentimentos nessa época, depois de um ano corrido e tumultuado. Renova os votos a cada jornada, se veste dos pés à cabeça de espírito natalino, bondade, generosidade, solidariedade, fraternidade. Como cantava o roqueiro transviado Raul Seixas, é sempre mais fácil achar que a culpa é do outro. Evita o aperto de mão de um possível aliado. Convence as paredes do quarto e dorme tranquilo(a). Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo.

Pedro Alexandre Sanches


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

"PEPE" - JOSÉ MUJICA PRESIDENTE DO URUGUAI VOU LHE APRESENTAR por Bruno Gontijo (Folha Social)

Sou fã deste Estadista.
Salve! Salve! Mujica
Roberta Carrilho



Eu lhe apresento José Mujica, o presidente do
 Uruguai é o rei da simplicidade:

José Mujica caminhando pelo seu sítio


“As pessoas não compram com dinheiro, compram com o tempo que tiveram que gastar para ter esse dinheiro”

José Mujica, atual presidente uruguaio é uma figura emblemática da simplicidade e do desapego nos dias atuais. Um homem com seu posto, na maioria das vezes viveria com as mais sofisticadas regalias, tendo em volta tudo do bom e do melhor que está disponível no mercado. Mas José Mujica é diferente. 

Talvez sua maior ousadia tecnológica seja se arriscar lendo jornais em seu Ipad. Mas para por ai. Mujica vive em em uma humilde chácara há cerca de 10 km de Montevidéu, com a proteção de apenas dois policiais em uma guarita improvisada. Ele vive com sua esposa, que também atua no meio politico. Mujica descartou o palácio presidencial e até chegou a oferecê-lo como refúgio para os sem-teto. Em troca das muvucas e da barulheira das grandes metrópoles, Mujica preferiu ficar apenas com o canto das aves de seu sitio.

E não ouse rotular Mujica como uma pessoa pobre, já que ele contra-argumenta com a seguinte frase:

“Eu não sou pobre. Pobre são aqueles que precisam de muito para viver, esses são os verdadeiros pobres, eu tenho o suficiente”

Quando a indústria da guerra enchia seus olhos com um possível confronto bélico na Síria, Mujica fez a seguinte declaração, conquistando ainda mais a simpatia do povo:

"Único bombardeio admissível na Síria seria de leite em pó e biscoitos"


Como politico, José Mujica é ousado. Vale ressaltar que o Uruguai é um país com apenas 3,5 milhões de habitantes, com a agricultura e a criação de gado como atividades econômicas principais, em que se vive um ritmo calmo de uma população madura. O país em si é mais famoso pela cultura do futebol e pelas praias de veraneio. Logo da chegada à Presidência de José “Pepe” Mujica, ex-guerrilheiro do Movimento de Libertação Nacional Tupamaros, que passou 14 anos preso durante a ditadura militar, a primeira lei que chamou a atenção foi a descriminalização do aborto. O tema da interrupção da gravidez gerou forte oposição de setores religiosos, para quem o começo da vida se dá desde a concepção. Ainda assim venceram os que defendem a regulamentação do aborto, quando ainda não se atinge etapas avançadas da gestação, a fim de evitar procedimentos clandestinos, sem condições sanitárias e com frequentes consequências graves para a mãe, em especial as pertencentes à população pobre. O resultado foi positivo. Em seis meses de legalização, Uruguai não registrou mortes de mulheres que abortaram. Foram realizados 2.550 abortos legais. Uruguai se tornou um dos países com taxas de aborto mais baixas do mundo.

A segunda lei que colocou o Uruguai na vanguarda progressista da América Latina foi a do matrimônio igualitário, de abril de 2013. A legislação permite a adoção também aos casais homossexuais e que a ordem do sobrenome dos filhos seja decidida pelos pais. O Uruguai também fez possível o ingresso de homossexuais nas Forças Armadas.

A terceira lei que fez voltar os olhos para o Uruguai foi a legalização da maconha, cujas características da legislação a fazem única no mundo. Já era possível cultivar e possuir a erva para consumo individual, como em outros países, mas agora o Estado passaria a controlar produção, distribuição e venda.

José Mujica tem suas individualidades como qualquer pessoa, o Uruguai também tem suas características. Não há como adotar exatamente as mesmas medidas no Brasil ou em outro país. As culturas são diferentes, a população é diferente, tudo é diferente. Porém fica a lição de um país que resolveu quebrar vários temas considerados tabu para beneficio do seu próprio povo. 
























O Uruguai foi eleito país do ano pela Economist. É a primeira vez que a revista faz uma escolha desse tipo. Por quê?

Bem, primeiro porque listas e prêmios, quando bem feitos, são sempre atraentes. Depois, e principalmente, porque o Uruguai merece um troféu.

Os editores explicam que consideraram o Sudão do Sul, a Irlanda, a Estônia e a Turquia, entre outros, pelo desempenho econômico. Mas se preocuparam com o fato de um método econométrico reduzir um triunfo. Há mais coisas que devem ser consideradas.

E o Uruguai é mais do que isso. Diz a Economist:

As realizações que mais merecem louvor, pensamos, são reformas pioneiras que não se limitam a melhorar uma única nação, mas que, se emuladas, podem beneficiar o mundo. O casamento gay é uma política que ultrapassa fronteiras, aumentando a soma global de felicidade humana sem nenhum custo financeiro. 

Vários países implementaram essa medida em 2013, incluindo o Uruguai, que também, de maneira pioneira, aprovou uma lei para legalizar e regulamentar a produção, venda e consumo de cannabis. 

Esta é uma mudança tão obviamente sensata, dificultando a vida dos bandidos e permitindo que as autoridades se concentrem em crimes mais graves, que nenhum outro país fez isso. Se os outros seguirem o exemplo, e outros narcóticos forem incluídos, o dano que tais drogas causam no mundo seria drasticamente reduzido.

Melhor ainda, o homem no topo, o presidente José Mujica, é admiravelmente modesto. Com franqueza incomum para um político, ele se referiu à nova lei como uma experiência. Mora em uma casa humilde, vai para o trabalho dirigindo um Volkswagen e voa de classe econômica. Modesto e ousado, liberal e divertido, o Uruguai é o nosso país do ano. ¡Felicitaciones!

Pepe Mujica simboliza esse momento. Recusou-se a viver no palácio presidencial e doa 90% de seu salário para a caridade. Foi criticado pela aprovação da lei da marijuana. Um dos críticos mais duros, Raymond Yans, presidente da Junta Internacional de Entorpecentes da ONU, disse que ela estava violando normas internacionais e que a reforma passou sem consulta às Nações Unidas.

Mujica, com seu tipo de dono de mercado de secos e molhados do interior de Minas Gerais, bateu na medalhinha de Yans: “Diga a esse velho careta para parar de mentir. Qualquer um na rua pode me encontrar. Que venha ao Uruguai e me encontre quando quiser… Ele pensa que, por estar numa posição internacional, pode falar o que quiser”.

Bravo. O Uruguai é cool, mas não à maneira de Nova York, Londres, Miami, Berlim etc. Não pela ostentação do dinheiro, pela vida noturna, pelos restaurantes, pelas compras, pelos prédios. É pelo espírito e pela civilidade. Por parecer um laboratório do que seria um país bom para se viver.

O número de brasileiros que vai para lá cresceu 13% de 2011 para 2012. Segundo o ministério do turismo uruguaio, vai aumentar. Desbancou a França como o terceiro país mais procurado pelo viajante do Brasil. O turismo relacionado ao consumo de maconha preocupa. O governo estabeleceu que apenas cidadãos com registro de residência terão direito aos 40 gramas por mês da lei. Isso, evidentemente, não deterá ninguém.

Há dois anos, estive em Punta del Este. Para além das praias bonitas de areia branca e fofa, do bairro bonito onde se concentram bares e restaurantes, do certinho com cara de Guarujá civilizado e da jogatina nos cassinos, onde meu sobrinho Kid Creole fez a festa, o que realmente impressionava era a tranquilidade absoluta com que grupos de jovens pediam carona na beira da estrada. Era como se fosse uma grande excursão em que todos se conheciam. O último crime — um furto — ocorrido ali havia sido em 2008.

Que a aldeia gaulesa ao sul do continente continue o país do ano por muito tempo. Mas sem pressa. “Pelo caminho mais longo a viagem é mais curta”, gosta de dizer Mujica.

Kiko Nogueira


26/12/2013
Mujica vai de sandálias a posse de ministro


O presidente do Uruguai, José Mujica, compareceu a cerimônia de posse do seu novo ministro da Economia, Mario Bergara, usando sandálias.

O traje casual do presidente se destacou entre os demais presentes que vestiam terno e gravata.

O calor do Uruguai, acima dos 35°C, foi a justificativa para que Mujica optasse por sandálias e levantasse as calças quase na altura dos joelhos.

Segundo o jornal argentino "Clarín", Mujica surpreendeu "pelo pouco apelo ao protocolo".

O uruguaio foi notícia neste ano por legalizar e regular a produção, venda e consumo de maconha no país, que também aprovou o casamento gay.

A revista "The Economist" elegeu na semana passada o Uruguai como país do ano e elogiou o presidente, que tem uma franqueza "incomum" para um político e viaja na classe econômica.

Bergara assume a pasta da Economia depois que seu antecessor, Fernando Lorenzo, renunciou no sábado (21) antes que a Justiça o processasse por "abuso de funções" no caso da companhia aérea extinta Pluna.

CASO PLUNA

Mujica assumiu nesta quinta-feira a responsabilidade pela forma como foi liquidada em 2012 a companhia aérea do país, Pluna, um processo atualmente investigado pela Justiça e que custou a renúncia de Lorenzo.

"Sou responsável por esta estratégia que fracassou e a assumo", disse Mujica na posse de Bergara, que presidia o Banco Central (BCU).

A Pluna ficou nas mãos do governo em junho de 2012, após a saída da privada LeadGate, que detinha 75% da companhia. Mas a empresa aérea quebrou menos de um mês depois, após suspender todos os seus voos porque sua situação financeira tornava as operações "impossíveis".

Na época do fechamento, a Pluna operava 253 voos semanais entre Brasil, Argentina, Chile e Paraguai.