quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

VIDA E MORTE DE OSCAR NIEMEYER - 104 ANOS DE VIDA, TRABALHO E ARTE



Oscar Niemeyer o senhor foi, 
é e será um dos meus referenciais de profissão e de pessoa.
Sou e serei muitas coisas ainda, entre elas, Arquiteta!!! 


Talvez ou muito provável por inspiração
do seu trabalho magnífico entre outros como
o Arquiteto  e Designer de Interiores Arthur Casas e Luiz Eduardo
 Índio da Costa entre outros


Também gosto de inovar e ser diferente!!!

Traços comuns...

Sentirei saudades das suas entrevistas e 
principalmente das suas palavras amorosas 
e sábia sobre a vida, política, profissão, amores.

O senhor foi um Homem  de uma capacidade em inovar,
 revolucionar e amar as pessoas, projetos e sonhos...

Tudo no senhor é visionário e iluminado.
A frente do seu tempo.
Sempre!!!

Oscar Niemeyer o senhor foi um eterno apaixonado pelas curvas...
E eram nelas (curvas) que suas obras foram inspiradas
expressando no concreto o corpo da mulher.
Concreto com volúpia! 
Interessantíssimo!!!

O que mais faz amá-lo é sua grandiosidade na simplicidade.
Adeus! Fique bem e em paz!
Abraços,
Roberta Carrilho

Oscar Niemeyer - my idol
http://www.niemeyer.org.br/











1907 - Nasce em 15 de dezembro, no Rio de Janeiro, filho de Oscar Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida. 

"Meu nome deveria ser Oscar Ribeiro Soares ou Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares, mas prevaleceu o nome estrangeiro e acabei conhecido como Oscar Niemeyer. 

Minhas origens são muitas, o que me agrada particularmente: Ribeiro e Soares, portugueses; Almeida, árabe; e Niemeyer, alemão. E isso sem levar em conta algum negro ou índio que, sem o sabermos, também faça parte da nossa família. 

Pela memória vou recordar a casa das Laranjeiras, percorrê-la outra vez, lembrar como nela vivíamos, rindo ou chorando como o destino obriga.
  
Ali nasci, cresci e me casei com Annita. Nela nasceu minha filha Anna Maria. 

Era uma casa assobradada, com seis janelas na fachada, tendo no frontispício as iniciais RA, do meu avô Ribeiro de Almeida. "

"Estávamos em 1928, ano em que me casei com Annita Baldo. Uma moça bonita, modesta, filha de imigrantes italianos provenientes de Pádua, perto de Veneza.

Nessa época eu ainda não tinha tomado rumo certo. Ao contrário, levava vida boêmia e despreocupada e tudo me parecia bem.

Mas, depois de casado, comecei a compreender a responsabilidade que assumira e fui trabalhar na tipografia do meu pai, entrando depois para a Escola Nacional de Belas Artes.

Lembro os primeiros tempos. Annita a me ajudar nos desenhos da escola e eu a dividir minha vida entre a arquitetura e a tipografia." 

1929 - Matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, que seria dirigida, a partir de 1931, por Lucio Costa.

"Entrei para a Escola Nacional de Belas Artes em 1929, quando ainda morava na casa de Laranjeiras. Gostava de desenhar e o desenho levou-me à arquitetura. Lembro-me que ficava com o dedo no ar desenhando. Minha mãe perguntava: 'o que está fazendo menino?' 'Desenhando', respondia com a maior naturalidade. Realmente, fazia formas no espaço, formas que guardava de memória, corrigia e ampliava, como se as tivesse mesmo a desenhar.

Nos primeiros anos de escola, pouco compareci às aulas. Ajudava meu pai na tipografia e somente nas horas de folgas podia frequenta-las. Mas em pouco tempo os assuntos da arquitetura - com a aprovação de meu pai - absorviam-me inteiramente.

Passei os cinco anos da Escola Nacional de Belas Artes sem problemas, e fiz boas amizades. Amigos para toda a vida como Hélio Uchôa, Carlos Bittencourt, Milton Roberto, João Cavalcanti, Fernando Saturnino de Brito e outros."

1932 - Inicia sua vida profissional no escritório dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão. "Mas a partir do terceiro ano senti, como todos os companheiros, a conveniência de procurar um emprego numa firma construtora. O trabalho paralelo que leva os estudantes a conhecerem melhor a profissão, além do salário que lhes dá outras possibilidades.

Resisti, não queria, como a maioria dos meus colegas, me adaptar a essa arquitetura comercial que vemos por aí.

E apesar das minhas dificuldades financeiras preferi trabalhar, gratuitamente, no escritório do Lúcio Costa e Carlos Leão, onde esperava encontrar as respostas para minhas dúvidas de estudante de arquitetura. Era um favor que eles me faziam. E minha decisão, prova de que não era um espírito vazio e imediatista que, ao contrário, tinha como objetivo ser um bom arquiteto.

Como me foram úteis esses queridos amigos! Com eles aprendi a respeitar o nosso passado colonial, a sentir como são belas as velhas construções portuguesas, sóbrias, rijas, com suas grossas paredes de pedra ou taipa de pilão. E os telhados derramados a contrastarem com suas brancas paredes caiadas.

Da arquitetura só me deram bons exemplos. Honestos, irrepreensivelmente honestos, como aliás todos deveriam ser.

Lembro-me do Leão a desenhar suas belas mulheres, a nos falar do mundo das artes, a rir desinibido como um bom camarada, e do Lúcio, mais distante, precavido e educado como sempre foi."

1934 - Obtém o diploma de engenheiro arquiteto, no Rio de Janeiro.

"... Mesmo assim, já sentia que a arquitetura me convocava. Lembro que foi durante esse período, ainda no escritório do Lúcio, que terminei meu curso de arquiteto, classificado, com Milton Roberto, em primeiro lugar."

1936 - Conhece o arquiteto Le Corbusier, que chega ao Rio de Janeiro a convite de Lúcio Costa e Gustavo Capanema, ministro da Educação e Saúde do governo Getúlio Vargas, para atuar como consultor nos projetos do MES e da Cidade Universitária (da Mangueira).

"Muito lidei com Le Corbusier (...) Mas o primeiro contato que tivemos foi em 1936 no Rio, quando, pressionado pelo Lúcio, Gustavo Capanema, ex-ministro da Educação, resolveu convocá-lo para uma série de palestras. Tarefa que, revoltado contra a incompreensão que o cercava profissionalmente, aflito para demonstrar seu talento, Le Corbusier converteu logo em dois novos trabalhos, a sede do Ministério da Educação e Saúde e a Universidade de Mangueira (...) Naquela época ainda caminhávamos na periferia da sua arquitetura. Tínhamos lido sua obra excepcional como sagrado catecismo, mas ainda não estávamos, como se verificou, integrados nos seus segredos e minúcias."

1938 - A convite de Lúcio Costa, viaja a Nova York para elaboração do projeto do Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York.

"Para nós, Lúcio constituía o líder absoluto, o homem correto e lúcido em quem podíamos confiar. Lembro-me de algumas passagens que marcam seu caráter, sua grandeza moral, o apreço que tinha por seus companheiros. Um dia organizaram um concurso de projetos para o Pavilhão do Brasil na feira de Nova York. Concorremos, ele, outros arquitetos e eu. Quando Lucio soube que fora classificado em primeiro lugar e eu em segundo, abalou-se serra abaixo - estava em Petrópolis - para ver os projetos e achando o meu trabalho muito bom, procurou o ministro João Carlos Vital, dele conseguindo que viajássemos para os Estados Unidos e juntos elaborássemos o projeto definitivo. Esse, aliás, constitui o único projeto que recordo com certo constrangimento, convicto de que me deveria ter limitado a ajudar o desenvolvimento do seu projeto sem procurar influir na solução. Conforta-me um pouco, saber que no projeto apresentado prevaleceu sua ideia inicial, os "pilotis" e o partido mais vazado que se impunha. Eu era jovem e a arquitetura, para mim, uma atração incontrolável."

1940 - Conhece o prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, que o convida a desenvolver o projeto do Conjunto da Pampulha.

"... E foi nessa ocasião que conheci Juscelino Kubistschek, candidato a prefeito de Belo Horizonte.

Fiz o projeto, que mostrei a Benedito, mas o assunto só foi retomado meses depois, quando JK, prefeito da cidade, novamente me convocou.

No dia combinado voltei a Belo Horizonte com Rodrigo. Tornei a conversar com JK, que me explicou: 'Quero criar um bairro de lazer na Pampulha, um bairro lindo como outro não existe no país. Com cassino, clube, igreja e restaurante, e precisava do projeto do cassino para amanhã'. E o atendi, elaborando durante a noite no quarto do Hotel Central o que me pedira."

1944 - Organiza seu escritório na Rua Conde Lages, no bairro da Glória, ali permanecendo até o ano seguinte. Anteriormente, trabalhara em escritório na rua Porto Alegre, juntamente com Reidy, Jorge Moreira e Helio Uchoa, e depois em escritório na rua Senador Dantas, ambos no centro do Rio de Janeiro.

"Em 1944 mudamos novamente de escritório. Do Passeio Público para uma casa que herdei da minha prima Milota, na Rua Conde Lages, 25.

Foi o ex-prefeito do Rio, Pereira Passos, nosso parente, quem lhe sugeriu sua compra, adquirindo para ele próprio a casa anexa, ainda de propriedade de seus netos Antônio Fernando e Felisberto Bulhões Carvalho.

Pouco tempo ficamos ali. Era bem melhor trabalhar numa casa do que nos prédios do centro onde antes tínhamos escritório.

Os espaços mais amplos, as janelas-portas abrindo para a rua, a intimidade recuperada e o ambiente tranqüilo, como se estivéssemos num velho bairro do Rio.

Das janelas, víamos os que passavam: os velhos pregões com seus gritos conhecidos: "amolador, amolador", "doce de leite Soberano", "sorveteiro, sorveteiro", "compro roupa velha de homem", antigas figuras desta cidade que seus cronistas nunca esqueceram (...) Gostava muito daquela casa, dela me lembrando quando muitos anos atrás, ainda estudante do Colégio Barnabita, por ali andava com os meus colegas. E lembrava o bar da esquina, o homem do bandolim, as mulheres a passear pelas ruas com seus ares contestatórios."

1945 - Ingressa no Partido Comunista Brasileiro.

"Fui sempre um revoltado. Da família católica eu esquecera os velhos preconceitos, e o mundo parecia-me injusto, inaceitável. A miséria a se multiplicar como se fosse coisa natural e inaceitável. Entrei para o partido comunista, abraçado pelo pensamento de Marx que sigo até hoje."

1947 - Viaja a Nova York como membro do Comitê Internacional de Arquitetos encarregado do desenvolvimento do projeto da sede da Organização das Nações Unidas. 

(...) Em 1947, Wallace Harrison convidou-me para fazer parte da equipe de arquitetos que deveria projetar a sede das Nações Unidas (...)

E os trabalhos prosseguiram. Pequenas modificações foram feitas e, na realidade, o prédio construído corresponde (é fácil verificar), nos seu volumes e espaços livres, ao projeto 23-32 apresentado.

Mas devo considerá-lo como um trabalho de equipe, nossa tarefa foi apenas definir o partido arquitetônico. O resto, todos os detalhes foram elaborados por Wallace Harrison, Abramovitz e seus colaboradores. De Wallace Harrison, Abramovitz, só lembro correção e amizade.

Quanto a Le Corbusier, nunca comentou, nem falou sobre o projeto 23-32, mas recordo-o meses depois, almoçando em seu apartamento, a me fitar longamente: "Você é generoso", me afirmou.

E senti que, um pouco tarde sem dúvida, ele estava lembrando aquela manhã em Nova Iorque, quando, para atendê-lo, deixei de lado meu projeto, já escolhido pela Comissão de Arquitetos.

1950 - É publicado, em Nova York, o livro The Work of Oscar Niemeyer, do arquiteto e historiador grego Stamo Papadaki.

Primeira publicação sistemática acerca da obra de Niemeyer, o livro desempenhou importante papel na divulgação de sua arquitetura no exterior, bem como da própria produção brasileira. A obra teria continuidade com a publicação de Oscar Niemeyer: Works in Progress, de 1954.

1954 - Niemeyer realiza sua primeira viagem à Europa, convidado a participar da Exposição Internacional de Arquitetura de Berlim (Interbau), juntamente com outros 15 arquitetos de renome internacional, incluindo-se Le Corbusier, Arne Jacobsen, Max Taut e Walter Gropius. Inaugurada em 1957, o objetivo da Interbau era a remodelação do bairro Hansa (Hansaviertel), como parte do programa de reconstrução da cidade de Berlim, após a guerra.

Na ocasião, Niemeyer visitaria ainda a França, a República Tcheca e a antiga União Soviética.

"... Descemos na Itália. Fomos a Roma, Florença, Veneza e Lisboa, daí partindo para Paris, onde Vinícius de Moraes nos esperava na estação. Ficamos três dias em Paris, uma semana na Tchecoslováquia, um mês em Berlim e, finalmente, Moscou (...) Uma semana depois voltamos para o Brasil. A lembrar Paris, os Champs Elysées, a Rive Gauche, o velho Sena; Roma, com seus monumentos; Veneza, Praça São Marcos, cheia de gente, como um grande salão protegido; Berlim, o Hotel Van Zoo, a Igreja Kaiser Guilherme ainda de pé; Berlim Este, Stalin Allée, uma nova ordem a surgir, e Moscou, terra dos homens, dos que amam a paz e a liberdade."

1955 - Funda a revista Módulo, no Rio de Janeiro, ocupando-se de sua direção juntamente com Rodrigo Melo Franco de Andrade, Joaquim Cardozo, Rubem Braga e Zenon Lotufo.

A Revista circulou, com edições mensais, até 1965, quando sua publicação foi interrompida pelo governo militar. Retomada em 1975, com novo corpo diretor, alcançou seu último número (100) em 1987.

O Comitê de redação era originalmente constituído por Carlos Leão, Flávio de Aquino, Marcos Jaimovich, Hélio Uchoa, José de Souza Reis e Oswaldo Costa.

"Queremos que esta revista, que forçosamente será de interesse técnico, e se dirige especialmente a profissionais e artistas, tenha sempre a humildade e a força de ser alguma coisa a serviço do homem comum, esse exilado de nosso tempo e de nossa cidade.

Não depende somente do arquiteto ou urbanista a imensa tarefa de humanizar a vida moderna. Ele não pode, entretanto, esquecer sua parte de responsabilidade; no momento em que se debruça sobre a prancheta ele deve se lembrar de que o homem não é apenas uma fraca máquina a ser protegida e servida por outra mais sólida chamada casa; é um estranho bicho que tem alma e sentimento, e fome de justiça e de beleza, e que deve ser consolado e estimulado."

MÓDULO quer ser fiel a esta lembrança, e guardar, entre os prodígios da técnica e as fantasias da estética, a singela medida do humano"

1956 - Convidado pelo presidente da República, Juscelino Kubitschek, para projetar a nova capital do Brasil, é nomeado diretor do Departamento de Urbanismo e Arquitetura da Novacap e encarregado de organizar o concurso para escolha do plano-piloto de Brasília, participando também da comissão julgadora.

"Comecei a meditar sobre Brasília numa manhã de setembro de 1956, quando Juscelino Kubitschek, descendo do carro à porta da minha casa, na Estrada da Gávea, me convidou para acompanhá-lo à cidade e expôs o problema durante o trajeto. Minha primeira reação surgiu do interesse, tanto profissional como afetivo, que esse homem me inspirava: eu via a preocupação de um velho amigo ao qual estava ligado por outros trabalhos, outras dificuldades e por uma longa e fiel amizade. A partir desse dia, comecei a viver em função de Brasília."

Os cenários de Orfeu da Conceição: Elabora o cenário da peça carioca Orfeu da Conceição , adaptação do mito grego de Orfeu, ambientado nas favelas do Rio de Janeiro. Realizada por Vinícius de Moraes, com trilha sonora de Antônio Carlos Jobim, o espetáculo estreou em 25 de setembro no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

1958 - Com o desenvolvimento dos trabalhos para a construção da nova capital, Niemeyer transfere-se para Brasília. 

"Meus primeiros projetos foram elaborados no Rio mas pouco tempo depois fechei meu escritório de Copacabana e, como um simples funcionário público, fui com meus companheiros para o Planalto Central".

"E ali ficamos durante vários anos. Longe de tudo. Cobertos dessa poeira vermelha que durante os períodos de seca se incrustava na pele e, na estação das chuvas, paralisados pelas águas torrenciais que caíam sem controle sobre essa terra sem defesa. À noite, era um silêncio total naquele fim de mundo. Mas o entusiasmo superava tudo e Juscelino Kubitschek a todos dava o exemplo com seu otimismo constante."

1961 - Logo após a inauguração da capital, Niemeyer lança no Rio de Janeiro o livro Minha experiência em Brasília.

"Nunca tive ideia de fazer um livro sobre Brasília. Obrigado pela profissão, iniciei uma série de artigos esclarecendo nosso trabalho, nossas dificuldades e atropelos, artigos que se foram somando, ampliando, até sugerirem a alguns amigos a possibilidade de os organizar em forma de livro que permanecesse como um documento honesto e espontâneo do empreendimento. Não se trata, portanto, de livro com pretensões históricas ou literárias, mas da experiência de um arquiteto que durante três anos acompanhou com amor e interesse a construção da cidade, procurando contribuir, juntamente com milhares de brasileiros, para essa obra justa e necessária".

1962 - É nomeado coordenador da Escola de Arquitetura da recém-criada Universidade de Brasília - UnB.

"Na Universidade projetei os edifícios principais, dirigindo depois, como Coordenador, a Escola de Arquitetura. Desse período guardo as melhores recordações, desde Darcy Ribeiro, que criou a Universidade de Brasília, superando todos os obstáculos, até os professores que o seguiram e com ele colaboraram com a mesma dedicação e idealismo. Recordo o entusiasmo, a dedicação extrema com que meus colegas da Escola de Arquitetura, Lelé, Ítalo, Graef, Glauco, Virgílio, Fernando, C. Bettencourt, Evandro e Oscar Knippe, atuavam na Universidade e a ginástica que alguns faziam - Lelé, principalmente - para encontrar tempo e prosseguir na elaboração das obras do CEPLAN. Entusiasmo que se estendia a todos os outros setores com o mesmo otimismo e devotamento."

1963 - Em solenidade na Universidade de Brasília - UnB, recebe o Prêmio Lênin da Paz, concedido pelo governo da URSS.

"Revejo o dia em que recebi o Prêmio Lênin, na Universidade de Brasília: o campus estava inteiramente iluminado e os professores, estudantes, deputados e operários estavam todos lá, muito calmos, sem as precauções que teriam sido necessárias em outros tempos."

1964 - Viaja à Europa, recebendo, em Lisboa, a notícia do golpe militar no Brasil. No mesmo ano, segue para Israel, onde permanece por três meses. Retorna ao Brasil em fins de 1964.

"Em Lisboa levei um grande susto com a notícia do golpe de Estado ocorrido no Brasil. Durante três dias, eu não descolava o ouvido do rádio no Hotel Victória, na expectativa de uma boa notícia qualquer. Nada se passava e nós estávamos aflitos, temendo um novo período de opressão e obscurantismo. Foi em abril de 1964.

Entristecido por não ter compartilhado as vicissitudes dos meus velhos amigos, passei esses meses de permanência em Israel recusando sistematicamente a assistir às recepções e festas às quais era convidado. Parecia-me que aceitando esses convites, eu estaria traindo aqueles que no Brasil enfrentavam a opressão e a violência ; afoguei-me então no trabalho, mantendo somente os contatos indispensáveis."

1965 - Demite-se da Universidade de Brasília com outros duzentos professores, em protesto contra a invasão da instituição em 1964 e contra a política universitária instaurada com o governo militar.

"Correram os tempos, tivemos Jânio e Jango Goulart e tudo mudou outra vez, com o golpe militar que durante anos pesou sobre nós.

O Governador de Brasília exigia minha demissão; o Ministro da Aeronáutica dizia que lugar de arquiteto comunista era em Moscou; meu projeto para o aeroporto foi rejeitado; a Universidade de Brasília que Darcy Ribeiro, com tanto talento e coragem, tinha criado, invadida pelos militares, meu escritório e a revista Módulo que dirigi saqueados. Deixei a Universidade de Brasília com duzentos professores e segui para o exterior com minhas mágoas e a minha arquitetura."

Viaja a Paris para visitar a exposição Oscar Niemeyer, l'architecte de Brasília, no Museu de Artes Decorativas do Palácio do Louvre.

"Em junho de 1965, fiz minha terceira viagem à Europa, curioso em visitar minha exposição, já inaugurada no Museu das Artes Decorativas, no Louvre. Meus amigos Jean Petit e Guy Dupuis a haviam organizado com um cuidado minucioso e muito bom gosto. Eu os conhecera durante minha primeira viagem, quando publicaram meu livro 'Minha experiência em Brasília'. Chegando ao Museu das Artes Decorativas, espantou-me ver sobre a entrada um anúncio onde estava escrito: 'Oscar Niemeyer, o arquiteto de Brasília'. Entrei na exposição e me dirigi imediatamente ao setor que tratava de Brasília; ali, peguei a caneta para escrever mais ou menos isto sobre a foto da Praça dos Três Poderes: 'Pouco me importa que se diga que eu sou o arquiteto de Brasília se acrescentarem que Lucio Costa é o seu urbanista. Foi a ele que coube a tarefa principal: projetar a cidade, as ruas, as praças, os volumes e os espaços livres. Minha colaboração foi modesta, limitando-se aos palácios governamentais. Eu não sou nem sequer o construtor de Brasília. Construíram-na o entusiasmo de Juscelino Kubitschek, a perseverança de Israel Pinheiro e dos milhares de operários que, no anonimato, sacrificaram-se mais do que todos nós por esta cidade'.

1967 - Militares embargam o projeto do aeroporto de Brasília. Impedido de trabalhar no Brasil, decide instalar-se em Paris. O general De Gaulle lhe concede autorização para exercer sua profissão na França.

"Os problemas começaram com o caso do aeroporto, e meu projeto foi recusado por ser circular. 'A solução de um aeroporto deve ser extensível', disse o diretor de Engenharia da Aeronáutica, brigadeiro Henrique Castro Neves. Extensível, já naquela época, era solução superada que deveriam rejeitar. Circular, ao contrário, era a solução correta. Assim, foi construído, anos depois, em Paris, o aeroporto Charles De Gaulle, e no Brasil, pelos que me criticavam, o aeroporto do Galeão, no Rio.

(...) Mas a vida continuava. André Malraux consegue de De Gaulle um decreto especial que me permite trabalhar na França como arquiteto. Pessoas importantes como Boumediene, Mondadori, Sartre e o PCF a me apoiarem, os trabalhos se multiplicando e a minha arquitetura conhecida por toda a parte."

1968 - Chega à Argélia para dedicar-se a uma série de projetos para o país, a convite do então presidente do Conselho Revolucionário argelino, Houari Boumediène.

"Argélia… Como é bom lembrar aqueles tempos. A casa em que morava, o belo jardim que a cercava, as flores tão queridas naquele país.

Da porta ficava a vê-las, coloridas e perfumadas, e o velho jardineiro que delas cuidava, a organizá-las carinhosamente nos pequenos vasos que, depois, distribuía pela casa.

Nesse grande parque havia um campo de tênis e outro de futebol. Recordo até o jogo que ali realizamos numa alegre pelada. Às vezes passeava pelo parque, curioso pela vegetação que possuía, as grossas palmeiras, com seus troncos cheios de relevos, os tinhorões e filodendros a lembrarem o meu país.

À noite os amigos vinham me ver, falar no telefone ou discutir os problemas do trabalho. E o papo se fazia alegre e divertido com o Jorge Vale - um excelente companheiro - a nos fazer rir com suas maluquices.

E lá apareciam o Lopes, o Jorge, o Marçal, o Cydno, Montenegro, Fernando Burmeister e o Fernando Andrade, todos dispostos a lutar pela boa qualidade dos projetos."

1971 - É lançada, na França, a "linha on" de mobiliário, desenhada por Niemeyer, com a colaboração de Anna Maria Niemeyer - sua primeira incursão no campo de mobiliário industrializado. Produzida inicialmente pela Mobilier International, seria relançada no Brasil, em 1978, pela Tendo Brasileira.

1972 (ano que eu nasci) Abre seu escritório no número 90 da avenida Champs- Elysées, em Paris, denominado SEPARC - Societé d'Études pour Les Projects d'Architecture d'Oscar Niemeyer.

"Gostávamos de Paris. Paris de Gide, Baudelaire, Malraux e Camus. Paris a lembrar revolução e liberdade.

O velho Sena a correr tranqüilo, indiferente à vida e aos homens. Os Champs Elysées com seu calçadão, suas vitrines e cafés, suas lindas mulheres.

Paris do Boulevard Raspail, onde vivi depois. Dos prédios de igual altura, das janelas altas e sacadas tantas vezes floridas. Paris de Sartre e Simone de Beauvoir, de Aragon e Nizan.

Como gostávamos dessa cidade! A nos convidar para melhor conhecê-la, sentar no café da Coupole e tomar um copo de vinho.

Paris dos palácios reais, dos grandes parques de Boulogne e Fontainebleau. Paris da Rive Gauche, por onde andaram Fitzgerald, Hemingway, Gris e Cocteau; da Rotonde, do Flore e Deux Magots."

1975 - Publica em Milão seu livro Oscar Niemeyer, pela editora Arnoldo Mondadori, que traz uma retrospectiva sobre sua obra e trajetória; seria reeditado dois anos depois, na Suíça, pela Editora Alphabet.

1978 - Com um grupo de intelectuais e políticos, funda o Centro Brasil Democrático - CEBRADE, do qual é eleito presidente.

"A ideia do CEBRADE pertence, na verdade, ao meu amigo Renato Guimarães, que a discutiu, em Paris, com Prestes e com o Comitê Central do Partido. Tratava-se, conforme ele próprio definiu, do Centro Brasil Democrático, uma entidade com amplitude nacional, presença nos principais estados e coordenação centralizada de modo a poder conduzir-se com a força e a cautela adequadas. Deveria ser, como explicou Renato, uma organização não partidária, onde atuassem comunistas e outras correntes que combatiam a ditadura na clandestinidade, mas que fosse franqueada à participação mais ampla possível de setores democráticos (...)

Foram muitas as atividades do CEBRADE, e grande o número de artistas e intelectuais que nele atuaram. Tantos que não cabe enumerá-los neste livro, embora fosse interessante verificar como a luta política separa os homens, neste mundo em que o poder e a ambição tudo permitem."

1979 - No Centro Georges Pompidou, em Paris, é realizada a exposição retrospectiva sobre sua obra Oscar Niemeyer, architècte, mais tarde apresentada no Palazzo Grassi, em Veneza, e na Basílica de Saint Croce, em Florença (Itália).

No mesmo ano, é condecorado Oficial da Ordem da Legião de Honra da França.

1983 - É montada a exposição Art and Architecture in Brazil, From Aleijadinho to Niemeyer, no Salão de Exposições da Organização das Nações Unidas, em Nova York. A mostra segue depois para Chicago, organizada no Illinois Institute of Tecnology

1987 - É realizada a exposição Oscar Niemeyer - Architetto, no Palazzo a Vela, em Turim (Itália), a qual segue depois para Bolonha e Pádua, no mesmo país. Na ocasião é lançado o livro Guida a Niemeyer (A arquitetura de Oscar Niemeyer), de Lionello Puppi.

1988 - É condecorado com o Prêmio Pritzker de Arquitetura, em Chicago, nos Estados Unidos.

"Primeiro foram os muros de pedra, depois os arcos, as cúpulas e voûtes e o arquiteto perplexo a procura do vão maior. Agora é o concreto armado a oferecer todas as fantasias, os vãos imensos, os balanços extraordinários. E nele a arquitetura se integra, desprezando os velhos preconceitos que durante anos a desvirtuaram, contestando a opção racionalista, monótona, repetida, tão fácil de elaborar, que durante anos desceu ostensivamente sobre as calçadas. Mas a preocupação com a beleza, a fantasia, a surpresa arquitetura predominaram e o que vai ficar como testemunho da nossa época não será uma arquitetura menor, feita com régua e esquadro mas a arquitetura que a técnica atual sugere, leve, criadora, solta no espaço, a procura do espetáculo arquitetural.

"L' inattendu, l' irrégularité, la surprise, L' étonnement sont une partie essentiellen Et une caractéristique de la béauté.", já dizia Charles Baudelaire.

Eis, meus amigos, o que lhes tinha a dizer sobre a arquitetura. Uma prática que durante anos me prendeu em êxtase sobre a prancheta, a atender governos e classes dominantes, revoltado com a miséria imensa que pesa sobre o mundo, miséria que a injustiça social esquece e à nossa profissão impede atender."

1989 - Recebe o Prêmio Príncipe de Astúrias, na categoria Artes, da Fundação Principado de Astúrias, Espanha.

"No momento em que recebo o prêmio Príncipe de Astúrias, e o Colégio de Arquitetos de Barcelona me concede a Medalha de Ouro, e o mundo da arquitetura discute os caminhos a seguir, achei útil escrever este pequeno texto explicando minha obra de arquiteto.

E o faço desejoso de mostrar que minha arquitetura não aceita compromissos, que visa à beleza e à invenção, sem cair em pequenos detalhes, atuando, isto sim, nas próprias estruturas, nas quais se insere e se exibe desde o primeiro traço.

Sempre acrescentei nas minhas palestras que não dava à arquitetura maior importância, e não havia nada de desprezo nessas palavras. Comparava-a com outras coisas mais ligadas à vida e ao homem, referia-ma à luta política, à colaboração que todos nós devemos à sociedade, aos nossos irmãos mais desfavorecidos. O que poderia ser comparado à luta por um mundo melhor, sem classes, todos iguais?

Mesmo assim a arquitetura me ocupou demais, levando-me, como agora faço, a defender meus trabalhos, meus pontos de vista de arquiteto. A debater os problemas arquiteturais com um calor que a vida tão frágil e insignificante não justifica." 

1990 - Realiza-se a exposição Oscar Niemeyer, na Sala Plaça Catalunya, na Fundação Caixa de Barcelona; a mostra segue depois para Londres e Turim. Na ocasião é lançado o livro Oscar Niemeyer, de Josep M. Botey.

Simultaneamente, Niemeyer é condecorado com a medalha do Colégio de Arquitetos de Catalunha, Barcelona (Espanha), em cerimônia realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

1996 - Recebe o Prêmio Leão de Ouro da Bienal de Veneza, por ocasião da VI Mostra Internacional de Arquitetura. No Pavilhão do Brasil, é realizada uma exposição sobre sua obra.

1998 - No Pavilhão Manuel da Nóbrega, do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, é realizada a exposição retrospectiva sobre sua obra, "Oscar Niemeyer 90 anos", que seguiria para Buenos Aires, Rio de Janeiro e Brasília, além de diversas cidades europeias.

Recebe no Rio de Janeiro a Royal Gold Medal (medalha de ouro), concedida pelo Royal Institute of British Architects (Instituto Real dos Arquitetos Britânicos) - RIBA, uma das mais tradicionais condecorações da arquitetura internacional, criada em 1848.

Publica, no Brasil, o livro de memórias As curvas do tempo.

"Hoje, sábado, num desses momentos de ócio, lembrei que poderia escrever um livro contando minha vida e meus problemas de arquiteto, nesse curto passeio que o destino oferece. Um livro que definisse minhas atitudes e marcasse as razões e os sentimentos mais íntimos que influenciaram minha existência tão pouco importante de ser humano. O meu apego aos problemas da vida, deste universo fantástico em que vivemos sem para isso termos sido convidados. Um livro que mostrasse ter eu sempre encontrado tempo para pensar maior, sentir como a vida é injusta, como nossos irmãos mais pobres são explorados e esquecidos.

Nele contaria minhas origens, defeitos e qualidades, minha descrença diante deste mundo absurdo e minha determinação de juntar-me aos mais bravos e com eles tentar melhorá-lo um pouco. E falaria também desse ser oculto que a informação genética inventou e dentro de nós existe, responsável em parte pelas nossas ações e atitudes."

1999 - Publica, no Brasil, Diante do nada, sua primeira obra de ficção. "Com este texto, sem preocupação literária, desejo apenas esclarecer os que me estimam, estudantes, colegas, desconhecidos que me fazem parar na rua solidários, sobre o que penso da vida, dos homens, deste universo fantástico que nos cerca.

É a história de um jovem que se preocupa com o mundo e seus semelhantes e que no drama do ser humano se integra, lutando desesperadamente."

Realiza-se, no MAC de Niterói, a exposição Escultura, de Oscar Niemeyer. 

"Muitas vezes desejei fazer escultura. 'Você é o escultor do concreto armado', me diziam, e eu pensava que um dia isso poderia acontecer. O tempo passou. Nas horas vagas fazia alguns croquis. Pensava em grandes esculturas numa praça qualquer. Abstratas, leves, soltas no ar. Talvez surrealistas, obrigando os que as vissem a pensar um pouco, surpresos, procurando decifrá-las (...) Um dia conversei com o meu amigo Honório Peçanha. Deu-me um saco de barro e um quadrado de madeira com um grande prego. Era o que eu precisava para me iniciar. Nunca os utilizei. Uma autocrítica feroz me tolhia. Mas, quando surgiu o problema do monumento a JK e depois o grupo Tortura Nunca Mais me convocando, não tive coragem de recusar.

O homem segue seu destino, satisfeito quando suas convicções e esperanças com ele coincidem."

2004 - Falece no Rio de Janeiro a esposa de Niemeyer, Annita.

"Em tudo isso eu pensava naquela noite. A conversa com os amigos terminara cedo, e no meu apartamento, ao lado de Annita, via na televisão a sua novela predileta. Olho para ela com ternura. Como foi bonita! O rosto como sempre apoiado na mão direita, a sorrir do que se passava na tela, ou apreensiva, se nela surgiam as maldades do mundo.

E lembrava nosso casamento 60 anos atrás, nossa querida filha Anna Maria, e ela a cuidar de tudo com a abnegação própria de suas origens italianas.

E os momentos felizes que juntos vivemos, me vinham à memória. As viagens pelo mundo: Paris, Nova Iorque, Lisboa, Madri, Buenos Aires e Moscou.

E a lembrava na Praça de São Marcos, em Veneza, a rir, feliz, com os pombos sobre os ombros, ou em Nova Iorque, onde longos meses ficamos, recostados na relva do Central Park, enquanto Anna Maria, pequenina, corria atrás dos esquilos..."

2004 - É condecorado com o Prêmio Imperial (Praemiium Imperiale), oferecido pela Associação de Arte do Japão (Japan Art Association), um dos mais prestigiosos prêmios de arquitetura na atualidade.

2006 - Casa-se, no Rio de Janeiro, com Vera Lúcia G. Niemeyer.

"Não sei onde li isto. Se não li, é coisa minha mesmo. A mulher é o complemento físico e espiritual do homem. Sem ela, sem sua sedução e boa companhia, desaparecem nele os sonhos e fantasias que marcam e justificam suas vidas."

2007 (Centenário de vida de Oscar) Em todo o país são realizadas diversas exposições, eventos e homenagens em comemoração ao centenário de nascimento do arquiteto.

* eu estive na exposição nessa época no Palácio das Artes em BH - capital de Minas Gerais. Fiquei em estado de vislumbramento... quantas emoções vendo aqueles traços imaginando o momento da sua criação e da sua concretização. Passei horas e horas me deliciando com todo aquele arsenal de projetos e sonhos.



















Entre diversas condecorações, recebe do presidente Lula a medalha do Mérito Cultural, um reconhecimento à sua contribuição à cultura brasileira, e na França, o título de Comendador da Ordem Nacional da Legião de Honra, concedido pelo embaixador da França no Brasil.

"É claro que isso me alegra, debruçado na prancheta a vida inteira. Mas, se alguém me perguntar o que mais me agrada, lembrando todos esses projetos, direi que foi ter guardado um tempo para pensar na vida, neste mundo injusto que um dia vamos modificar."

2008 - É lançada no Rio de Janeiro a Nosso Caminho - Revista de Arquitetura, Arte e Cultura, sob a direção de Oscar Niemeyer e Vera Lucia G. Niemeyer.

"Ao leitor

(...) Nossa ideia principal é discutir e pensar junto com os leitores o momento brasileiro. Levar aos jovens um pouco de conhecimento, fazê-los refletir melhor sobre o seu país. Fugir dos que se limitam aos assuntos de sua profissão, despreparados para o mundo perverso e coberto de violência que os espera."

2009 - Inaugura-se em Heerlen, Holanda a exposição retrospectiva Oscar Niemeyer: Trajetória e Produção Contemporânea 1936-2008, seguindo depois para Madri, denominada Oscar Niemeyer . A mostra corresponde a versão da Exposição comemorativa do centenário do arquiteto, Niemeyer 10/100 , inaugurada no Rio de Janeiro em 2007 e exibida em Curitiba, no mesmo ano.

Frases de Oscar Niemeyer


"A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem".

"Toda escola superior deveria oferecer aulas de filosofia e história. Assim fugiríamos da figura do especialista e ganharíamos profissionais capacitados a conversar sobre a vida".

"O que me atrai é a curva
livre e sensual. A curva
que no encontro sinuoso
dos nossos rios, nas nuvens
do céu, no corpo da mulher
preferida. De curva é feito 
todo o universo. O universo
curvo de Einstein".

"A vida é um sopro"

"Existem apenas dois segredos para manter a lucidez na minha idade: o primeiro é manter a memória em dia. O segundo eu não me lembro"

"Amo a vida e a vida me ama. Somos um casalzinho insuportável'.
Quando se vê um arvoredo o importante não são as árvores mais os espaços entre elas"

"Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito".



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