segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

É POSSÍVEL SER BIPOLAR E ESQUIZOFRÊNICO? voluntária Maga de Moraes (BIPOLAR BRASIL)


Foto by Andrea Francesco

No final do ano passado, o estudante mineiro de educação física, Amilton de Loyola Caíres, de 23 anos, matou a facadas o professor Kássio Vinícius Castro Gomes, de 39. Como em muitos casos de crimes bárbaros, o advogado não teve dúvidas e registrou no auto de defesa: o réu apresenta quadro de transtorno bipolar e esquizofrenia.

Não vou entrar aqui na discussão sobre a questão de crimes cometidos por bipolares ou no uso e desuso por parte de advogados da alegação de insanidade mental para livrar seus réus da prisão. Isso – e a repercussão na melhor das hipóteses confusa por parte da imprensa quando o fato envolve doença mental – é tema para outro artigo que já estou preparando.

Bipolaridade e esquizofrenia...

O que vamos pensar juntos agora é um tema, creio, menos árido, mas igualmente importante: é possível uma pessoa ter transtorno bipolar e também esquizofrenia? E, além disso, existe alguma relação entre essas duas doenças?

A resposta para a primeira pergunta é categórica: não. Cá entre nós, só faltava essa. A bipolaridade convive muito bem com várias comorbidades (ou seja, outras doenças), como transtornos de personalidade. Exemplo: uma pessoa pode ser bipolar e ter transtorno de personalidade borderline. Pode ser bipolar e epiléptica. Mas bipolar e esquizofrênica, não. Existe, sim, um quadro denominado transtorno esquizoafetivo, uma linha fina entre alguns sintomas da esquizofrenia e outros do transtorno bipolar, mas ainda existe muita controvérsia sobre esse tipo de diagnóstico.

Pesquisei em muitos livros e artigos em revistas especializadas e também confirmei com psiquiatras de primeira linha. Eu tinha bons motivos para isso, além do natural interesse como jornalista, afinal, sou bipolar, mas também sou filha de uma esquizofrênica.

Aí, surgiu outra dúvida: se essas doenças possuem forte componente genético, não seria mais natural que eu fosse esquizofrênica, e não bipolar?

Durante anos não encontrei resposta satisfatória para essa pergunta. Recentemente, porém, novas pesquisas têm demonstrado que essas doenças são, digamos, “irmãs”, com raízes genéticas semelhantes, mas que possuem comportamentos bem distintos.

Enquanto esquizofrênicos vivem encapsulados em si mesmos e apresentam um forte embotamento das emoções, nós, bipolares – nem é preciso dizer – somos um show de fogos de artifícios das emoções, vivendo entre um pólo e outro. Completos opostos, portanto.

No entanto, na hora do tratamento, por exemplo, um dos medicamentos de ponta, o Seroquel (quetiapina), é indicado tanto para esquizofrenia quanto para bipolaridade.

E não dá para esquecer que, há não muito tempo, bipolares eram constantemente diagnosticados como esquizofrênicos, uma vez que ambas doenças apresentam sintomas semelhantes. Por exemplo, um bipolar em mania pode ter delírios, assim como um esquizofrênico.

A separação entre esquizofrenia e transtorno bipolar (antes denominado psicose maníaco-depressiva) se deu no século XIX graças ao trabalho do psiquiatra alemão Emil Kraepelin. Ele acreditava que a esquizofrenia (ou “demência prematura”) era um transtorno extremamente debilitante, sem a menor chance de melhora. Já os pacientes bipolares (ou “maníacos-depressivos”) tinham um prognóstico mais positivo. Mas não sejamos severos com Kraepelin. Seu trabalho foi fundamental em uma época em que a psiquiatria era uma bagunça, em termos de definições.

Mas de lá para cá as coisas evoluíram muito. Mesmo assim, as pesquisas não são conclusivas. Dizem que a verdade está lá dentro, nos genes, mas quais são, ninguém sabe ao certo. Isso talvez explicaria porque eu posso ser filha de esquizofrênica, e ao mesmo tempo ser bipolar, sem ser uma aberração do catálogo das doenças mentais.

Espectro das psicoses...

Atualmente, fala-se em espectro bipolar, e mesmo em espectro das psicoses, um conceito interessante e mais amplo. Faz sentido: explica porque cada bipolar apresenta um quadro diferente e pede um tratamento diferenciado, da mesma forma como esquizofrênicos são únicos.

Não podemos ser bipolares e esquizofrênicos, o que é ótimo para nós e para os esquizofrênicos. Mas se realmente a base genética de ambas as doenças for única como parece ser, as pesquisas podem trazer novos medicamentos, mais eficazes e com menos efeitos colaterais. Bons para todos nós, igualmente herdeiros de doenças obviamente indesejáveis, mas únicos em nossas necessidades, comportamentos e desejos, como qualquer ser humano.

Maga de Moraes - Autora voluntária do Bipolar Brasil

http://www.bipolarbrasil.net/2011/02/ser-bipolar-e-esquizofrenico.html#more




O BIPOLAR BRASIL VOLTOU .... PARA TODAS PESSOAS QUE SÃO BIPOLARES OU NÃO E PRECISAM DE AJUDA


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Abraços fraternos,
Roberta Carrilho


SEPARAMOS, EU DESCOBRI QUE ELE É BIPOLAR por Will Brasil (BIPOLAR BRASIL)


Foto by Andrea Francesco

Há 15 dias através de uma consulta com Psicólogo e Psiquiátrica, eu e a família do agora meu ex-marido descobrimos que ele sofre de Transtorno Bipolar. Situações isoladas sempre aconteceram, eu desconfiava justamente desse distúrbio, pesquisei por algumas vezes, eu falava pra ele, num momento de descontração, mas eu mesmo nunca quis assumir a situação.

Ele sempre foi extremamente ansioso, grosseiro em diversas situações diárias do dia a dia, grosseiro comigo, por me ver dar atenção aos meus pais e ele sempre achou que eu não tinha o mesmo sentimento por ele, sendo que são amores completamente diferentes.

Ele não sabia lidar com frustrações...

Eu com uma carreira promissora e ele nunca, nunca teve nenhum estimulo próprio para buscar as oportunidades da vida pessoal e profissional. Ele nunca soube lidar com as frustrações da vida.

Eu sempre o incentivando de alguma forma a buscar algo, estudar, se aprimorar, mas nunca tive sucesso quanto a isso.

Ele não teve uma infância fácil, eu sei disso, o pai era alcoólatra, a mãe sempre teve de trabalhar fora, mas diante de tantas dificuldades, até onde eu sei nunca faltou nada a eles. Tanto que os irmãos ultrapassaram muito bem essa situação e vivem muito bem, mas varia de pessoa pra pessoa e hoje em dia o pai dele já não sofre mais com problemas de bebida.

Sei que talvez este histórico justifique a situação dele, mas diante de muitas situações isoladas, eu não sabia que ele pudesse ter essa doença, nos deparamos com isso nesta segunda quinzena de janeiro, que a “bomba” estourou, ele criou na mente dele, uma fantasia que só ele viveu.


Ele sempre teve uma obsessão por ser Jogador de Futebol e criou na mente dele, que ele havia assinado um contrato com um Clube do Interior (União São João de Araras) e que os empresários dele são Roberto Carlos, Mano Menezes e Ronaldo, imaginem só. E ele foi extremamente convincente, conseguindo convencer a família dele e eu enquanto esposa.

O fato é que diante de diversas situações da nossa relação que já estava deixando-nos desgastado, eu já não tinha mais amor por ele, tinha era compaixão.

A separação foi o caminho...

Neste domingo partiu dele o que eu mais queria, a “Separação”. Eu estava segurando a situação, devido a doença. Mas partiu dele essa decisão e como grito de liberdade eu concordei imediatamente, mesmo porque a casa que morávamos não era nossa, é dos meus pais, não adquirimos nada enquanto estivemos juntos e principalmente não tivemos filhos, ainda bem.

Eu já não estava ajudando mais ele com relação a essa doença, pois eu mesmo já estava me sentindo mal com isso tudo, eu já estava praticamente ficando louca com isso, sempre tive uma vida agitada, trabalho, faculdade, eventos corporativos e me vi numa situação que só veio para piorar o que já estava ruim. Enfim...

Obrigada

Sabrina* (nome trocado para preservar o anonimato).


Nota do Will: Vale lembrar que infelizmente pesquisas afirmam que entre 10 casamentos onde um dos entes é bipolar, 7 acabam em divórcio em num prazo de 5 anos em média. Outro estudo (conduzido em São Paulo pelo Instituto de Psiquiatria de São Paulo) perguntou aos entes não bipolares (em casamento de em média 5 anos) se eles casariam com seus entes bipolares, se na ocasião do casamento soubesse que o outro é bipolar... o resultado foi que a maior parte dos entrevistados disseram que não se casariam. Infelizmente tem sido assim... Eu particularmente acredito muito que o bipolar não só pode salvar o casamento, como restaurar muitas áreas de sua vida, mas para isso, deve tratar-se e com muito afinco! Eu ficarei muito feliz quando esses números de "insucessos" diminuam, certamente minha parte nesse sentido, eu farei! Boa sorte a todos nós, bipolares ou não (como eu costumava dizer).


Eu bem sei o que ela (Sabrina) passou. Só quem viveu e conviveu com um bipolar sabe avaliar esse sentimento intenso de fracasso, impotência e insegurança.
Dói muito! Ficam muitas marcas emocionais. Ainda tenho muitas dificuldades de me envolver em outro relacionamento afetivo-amoroso, fiquei traumatizada e com muito medo de viver aquilo tudo de novo.
Roberta Carrilho




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Roberta Carrilho



UM ESPÍRITO SOFREDOR - DEPOIMENTO DE UM ESPÍRITO EX-DROGADO


Foto by Massimiliano Morra

Comunicação de um Espírito de ex-drogado, narrando suas experiências quando na Terra e agora na Vida Espiritual.

- Poderíamos conversar com um Espírito que teve experiência com drogas?
Resposta: Cá estou, pois esta visita já estava na programação da casa para esta noite.

- Disseste que já estavas aqui ou vieste pela evocação?
Resposta: Já estava aqui, trazido pelos amigos espirituais responsáveis pelo trabalho.

- Poderias nos falar sobre tua experiência com as drogas?
Resposta: Perguntem e responderei dentro do possível e do que me for permitido.

- Vivestes muito tempo na Terra?
Resposta: Dezoito anos.

- Tão jovem e já tinhas envolvimento sério com a droga?
Resposta: Desde os quatorze anos.

- Moravas onde?
Resposta: Rio de Janeiro.

- Como foi teu envolvimento?
Resposta: Iniciei, na verdade, aos onze anos, com consumo de cigarros de maconha, no bairro onde morava, como brincadeira entre meus amigos.

- Onde conseguias a maconha?
Resposta: Nas mãos dos pequenos traficantes do bairro, nos vendedores de quinquilharias das calçadas. Era muito fácil.

- E seus pais? Sabiam dessa sua experiência?
Resposta: No início não sabiam. Quando tomaram conhecimento encararam como coisa normal dos tempos da adolescência moderna. Só mais tarde perceberam a gravidade da situação.

- Com quais tipos de drogas tiveste envolvimento?
Resposta: Com as piores. Aos quatorze anos entrei em contato com a cocaína e daí para para o crack foi um pulo.

- Foi o crack que o levou à morte?
Resposta: Não. Fui assassinado.

- Como foi?
Resposta: Em briga de rua, por ponto de venda da droga, pois tornei-me um traficante para sustentar meu vício.

- E a família?
Resposta: Depois de muitas tentativas de me retirar das ruas, deixaram-me jogado à própria sorte.

- Lamentas esta atitude deles?
Resposta: Não. Lamento minha cegueira. Eles nada podiam fazer por mim, além do que fizeram. Não tinhas os recursos necessários para dar-me o que necessitava.

- E do que necessitavas?
Resposta: Compreensão maior dos mecanismos da vida.

- Foi isso que o levou a procurar as drogas?
Resposta: No início não. Mas depois, em minha adolescência, quando já me envolvera com as drogas mais pesadas, fazia "viagens" incríveis pelo meu mundo íntimo e buscava uma paz interior que não encontrara em casa, nem nas ruas. Em minha falta de lucidez, achava que encontraria nas drogas e na condição mental que elas me favoreciam.

- Que condição?
Resposta: A total inconsciência dos meus atos, o mergulho em um mundo de ilusões e desespero, a entrega total aos devaneios insanos do desequilíbrio.

- Algumas vezes refletias sobre isso? Quiseste deixar as ruas?
Resposta: Muitas vezes, mas em nenhuma delas encontrei compreensão e condições favoráveis para livrar-me daquilo.

- Tiveste outras experiências?
Resposta: Em que sentido perguntam?

- Outras experiências que poderiam servir para o aprendizado de todos?
Resposta: Sim. Quando se entra no mundo das drogas perde-se a noção de limites. Tudo passa a ser permitido. Prostitui-me muitas vezes para conseguir dinheiro e isso talvez tenha sido muito pior que o próprio vício, pois injetar um veneno em suas veias não traz consequências morais tão graves quanto vender seu próprio corpo, por livre vontade, sabendo do ato imoral e insano que se está praticando. Claro, não estou dizendo que se drogar é melhor que se prostituir, mas que o vício às vezes é irresistível e foge às nossas frágeis forças de resistência física e espiritual, e que o outro ato, neste caso, é perfeitamente evitável se assim o quisermos.

- Como foi sua morte?
Resposta: Já falei que foi por motivo fútil. Um companheiro de infortúnio (que também já está deste lado), atirou em minha cabeça, em uma tola disputa de "ponto". Ele mesmo se arrependeu logo em seguida, pois um dia tínhamos sido amigos inseparáveis. Mas a droga nos faz enfrentar uma lei que é desconhecida dos homens das leis comuns. É selvagem e destruidora. Para os drogados não existem barreiras que possam contê-los no momento em que dela necessita.

- Tua desencarnação foi dolorosa?
Resposta: Nada senti. Continuei vivo e não compreendia como as pessoas não me viam. Convivi com os "amigos" por um tempo para depois tomar consciência de minha condição de "morto". E foi aí que sofri os horrores decorrentes da falta de responsabilidade com a vida.

- Foste amparado?
Resposta: Sim, depois de certo tempo, por familiares.

- E teus pais?
Resposta: Só tomaram conhecimento pelos jornais locais, que alardeiam a miséria e desgraça humanas.

- Que sentimento os animou?
Resposta: Depois eu soube que foi de grande alívio. E assim deveria ser mesmo, pois só trouxe a eles a desilusão e a dor.

- Tiveste uma infância agradável?
Resposta: Tive tudo o que quis. Meus menores desejos eram satisfeitos. Fui rico até a idade de 10 anos, quando houve um reviravolta na vida dos meus pais. Eles separaram-se e eu fui morar com meus avós. Depois aproximei-me mais de minha mãe, no início de meu martírio pelo mundo das drogas.

- E hoje? Visita-os?
Resposta: Não. Estou já bem recuperado, mas não tenho notícias deles. Acho que cuidam de suas vidas e rogo a Deus que cuidem bem, para que não sofram tanto, quando para cá vierem.

- Sofreste aí?
Resposta. Muito. Principalmente ao saber do desperdício que havia sido minha vida.

- Porquê? Tinhas outra programação de vida?
Resposta: Sim. Poderia permanecer até a sexta década de vida, com tarefa séria e edificante na área da saúde, oportunidade que me foi dada pelo Alto para redenção de meus débitos. Mas desperdicei no exercício do livre arbítrio, auxiliado pelas características familiares onde me encontrava. Sequer terminei o curso básico. A escola foi para mim um palco de minhas farras com outros colegas igualmente dementes.

- Então és um suicida?
Resposta: Sim, no sentido que se empresta a essa palavra, pois fui em parte o artífice de minha morte, mas não com a conotação e a gravidade de um suicida comum. Os drogados são vistos aqui de outra forma.

- De que forma? Vítimas?
Resposta: Sim, em parte, pois na verdade alguns são vítimas da degradação social pela qual passa a humanidade, sem deixar de considerar o livre arbítrio de cada um. A droga é a grande arma destruidora das esperanças dos jovens do mundo inteiro.

- Poderias explicar um pouco mais essa parte?
Resposta: Muitos lançam-se cedo no mundo dos vícios pela falta de base moral familiar, cujos pais não preparam. Cedo, entregam-se a atitudes inadequadas e não são devidamente orientados. A permissividade existente no mundo atual é mostra de que os pais não estão preparados para construir o homem do futuro. A droga, sendo uma das formas de escravizar o homem, na verdade é um resultado da ganância desenfreada do próprio homem que destrói seus próprios filhos e assim sucessivamente. Os grandes donos do esquema arrecadam montanhas de dinheiro que amanhã deixarão para seus filhos, netos e bisnetos, não percebendo que constroem o material e destroem o essencial. Essas próprias criaturas, para as quais constroem seus impérios, são vítimas e escravos de seu próprio veneno. Assim é na cidade onde vivi.

- Vives em colônia ou estás em hospital?
Resposta: Encontro-me em colônia próxima à Terra, de acordo com meu grau evolutivo.

- Existem colônias específicas para atender vítimas de vícios?
Resposta: Não tenho conhecimento disso, mas meu instrutor diz que aqui são atendidos todos os necessitados da alma, quaisquer que sejam os vícios. É uma colônia muito grande e onde se encontram muitos jovens. Naturalmente ainda estamos nessa condição pela nossa pouca compreensão. A forma física não importa, mas a maturidade de Espírito.

- Ainda podemos perguntar mais coisas?
Resposta: Necessito afastar-me por orientação do amigo que me dirige as ações e pensamentos neste trabalho.

Deixo aqui minha gratidão pela oportunidade e que os bons Espíritos amparem todos os homens que um dia pensaram em envenenar-se por desconhecer as leis que regem a vida".

Um Espírito sofredor, agradecido.



Espírito: Um Espírito sofredor
Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec
São Luís, MA

A CIÊNCIA E O ESPÍRITO



Foto by Yein

Em pleno início do século XXI e dos desenvolvimentos científicos e tecnológicos que nos aguardam neste novo milênio, somos levados a reavaliar a postura do Espiritismo perante a Ciência. Embora Kardec tenha enunciado que “O Espiritismo e a Ciência se completam um pelo outro” eles permanecem separados, sobretudo porque o preconceito científico e sistemático da chamada “Ciência Oficial” (ou acadêmica), mantendo sua postura materialista e céptica, leva à negação a priori dos fenômenos espíritas, tomados como superstição ou fraude e, conseqüentemente, rotulando o Espiritismo como destituído de bases científicas.

O Espiritismo é definido por Kardec como “a ciência que estuda a origem, a natureza e a destinação dos Espíritos, bem como sua relação com o mundo corpóreo. É ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma filosofia de conseqüências morais” .

Por outro lado, uma boa definição de ciência é “um conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio”. Assim dois elementos são essenciais para ter-se uma ciência: o objeto e o método de estudo deste objeto, que de acordo a definição acima, precisa ser adequado ao objeto.

Classicamente falando, a ciência se baseia no método indutivo, que parte do particular para o todo, sendo portanto reducionista, empirista e cartesiana. Um dos critérios citados como de máxima importância seria a da reprodutibilidade dos experimentos, em qualquer parte do mundo, por qualquer pessoa, desde que as condições fossem mantidas as mesmas. Mas se formos rígidos no método clássico, deixaríamos de considerar como ciências a História, a Sociologia, a Psicologia, etc., o que nos parece completamente absurdo, desde que não se produzam fatos históricos em laboratório, e tão pouco se reproduzem comportamentos em pessoas submetidas às mesmas condições. O que difere as Ciências Humanas das Ciências Exatas ou Naturais são justamente o objeto e o método, embora em alguns casos o objeto pode ser mesmo: o homem.

Assim é que o Espiritismo, por possuir um objeto de estudo completamente alheio à “Ciência Oficial”, ou seja, o espírito ou princípio inteligente, requer um método próprio, adequado. Kardec define este método em relação à fenomenologia espírita quando usa o termo “ciência de observação”, a qual consiste na observação criteriosa dos fatos, buscando entender suas origens, suas causas. Também a História é uma ciência de observação, e assim como não se reproduzem fatos históricos, não se pode exigir a reprodução inequívoca de fenômenos espíritas, desde que o objeto de estudo é inteligente, emocional e volitivo – o Espírito.

Para o Espiritismo, a existência do Espírito e de sua comunicabilidade é um fato, decorrente do axioma de que “todo efeito inteligente precisa ter, necessariamente, uma causa inteligente”. O que importa é o controle sobre a legitimidade da comunicação que se obtém através dos fenômenos mediúnicos, quer de efeitos físicos ou de efeitos inteligentes, e para tanto Kardec definiu um método doutrinário próprio, sumarizado por Herculano Pires em quatro pontos principais:

“i) Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual;

“ii) Análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não possa ser justificado;

“iii) Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem;

“iv) Consenso universal, ou seja, concordância de várias comunicações, dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em vários lugares, sobre o mesmo assunto”.

Muito dos chamados pesquisadores espíritas envidam esforços para a comprovação da existência dos Espíritos e da imortalidade da alma, mas freqüentemente empregando os métodos da Química, da Física, da Biologia, etc., que são adequados à matéria, mas não ao Espírito. O máximo que poderão conseguir é um melhor entendimento dos fenômenos de efeito físico e do perispírito, que é a parte material do Espírito, o seu corpo de manifestação, mas jamais do princípio inteligente, que é imaterial e foge a todas as técnicas de investigação da matéria. Enquanto isso, a Ciência Espírita, baseada no método kardecista, foi praticamente abandonada pelos espíritas...

Voltando ao confronto Ciência e Espírito, embora à primeira vista há conceitos espíritas que parecem ser desmentidos ou postos em dúvida pela Ciência, o desenvolvimento da ciência no século passado muitas vezes apontou na direção da confirmação dos princípios espíritas. A desintegração da matéria em partículas cada vez mais elementares e a interconversão matéria/energia, como estabelecido pelas Mecânicas Quântica e Relativística, respectivamente, apontam a possibilidade de existência uma “matéria elementar”– o que é coerente com o princípio espírita da existência de um fluido universal (ou cósmico), proposto pelos Espíritos Codificadores.

A medicina psicossomática, a escrita automática, o corpo bioplásmico, a terapia de vidas passadas (TVP), a psicologia transpessoal, cada uma em sua própria área de atuação, gradativamente vêm fazendo avanços que confirmam a teoria espírita, mas não provam por “a mais b” a existência do Espírito e sua sobrevivência ao corpo, permanecendo muitas vezes injustamente marginalizadas do ponto de vista acadêmico.

Entretanto, consideramos precipitado substituir a terminologia espírita pela terminologia científica, pois poderemos incorrer em graves erros, que podem levar à descaracterização da Doutrina Espírita. Alguns confrades espíritas, afoitos em respeitar a natureza evolutiva do Espiritismo, como estabelecido por Kardec em “A Gênese” 1, substituíram em seus escritos a palavra fluido por energia, chamam o perispírito de corpo eletromagnético do Espírito e alguns chegaram a afirmar que o princípio vital nada mais seria que o DNA...

Lembremos o ensinamento do codificador: “Melhor é recusar nove verdades, a aceitar uma única mentira”.

O Espiritismo é uma ciência sim! Mas é preciso respeitar-lhe objeto e método. Lúcido foi Kardec, ao enunciar que “o Espiritismo e a Ciência se completam um pelo outro; a ciência, sem o Espiritismo, se acha impossibilitada de explicar certos fenômenos, unicamente pelas leis da matéria; o Espiritismo, sem a ciência, ficaria sem apoio e exame” 1.

O autor é bacharel e mestre em Química pela UFBA, doutorando em Química pela UNICAMP. Iniciou seus estudos espíritas no CEHC em 1989, é sócio fundador da Sociedade de Educação Espírita da Bahia – SEEB e criador e moderador da lista eletrônica “Evangelho-na-Net”, através da qual distribui diariamente mensagens espíritas de caráter moral (Evangelho-na-Net-subscribe@yahoogroups.com).

[1] Kardec, A., A Gênese, LAKE.
[1] Kardec, A., O que é o Espiritismo, FEB.
[1] Dicionário Aurélio Eletrônico.
[1] Pires, H., Ciência Espírita, FEESP.
[1] Pires, H., in “Introdução ao Livro dos Espíritos”, O Livro dos Espíritos, LAKE.
[1] Kardec, A., O Livro dos Médiuns, LAKE.

Artur Mascarenhas

A INUTILIDADE DO SUICÍDIO


Foto by Luca Rossato

O grande equívoco do suicida é acreditar que após o fenômeno da morte tudo estará terminado. Movido por esta ilusão materialista, ele aceita a infeliz idéia, que o conduzirá à sua primeira decepção: constatar que a vida continua após a morte do corpo; e com ela também, todos os problemas não resolvidos.
É de estranhar que algumas pessoas, apesar dos inúmeros fenômenos comprobatórios da realidade espiritual, ainda relutem em manter, a visão limitada que entende o ser humano, apenas, como um amontoado de células regido pelas complexas ações cerebrais.

Movido por esta equivocada interpretação, não compreendem, que a vida no corpo físico é uma maravilhosa oportunidade, através da qual o espírito se acerta com as leis universais.

Por mais que alguns estudiosos o defendam, como um direito do homem contemporâneo, o suicídio será sempre um ato violento e uma ingratidão contra a misericórdia divina. O verdadeiro dever de cada um deveria ser o de preservar a vida e através dela alcançar a perfeição. Para isso, lutaria procurando vencer os obstáculos e desafios, inerentes a tão importante empreendimento.

É bem verdade, que o homem quando atinge certo nível de evolução, realiza uma importante conquista − o livre arbítrio (liberdade de agir), porém, vinculado a esta conquista ele assume um grande compromisso – a responsabilidade pelos seus atos.

Atentar contra a própria vida é na realidade, resultado de uma interpretação tão imediatista, quanto paradoxal, comum a alguns materialistas de plantão, que assim se expressam: “O homem tem o direito de renunciar à vida, quando esta não lhe proporciona as mínimas condições para sentir-se feliz”. Nesta ilusão, projetam-se para uma infelicidade maior.

Estudos realizados comprovaram que cada suicídio tem um impacto em pelo menos seis outras pessoas. Dessa forma, o infrator pelo mau exemplo, poderá causar dissabores e agravamentos na vida dos que ficam inclusive a indução à idêntica atitude. Daí, por força da lei de causa e efeito, ele será responsabilizado tanto pelos danos causados a si, quanto pelos danos causados aos outros, necessitando de uma ou até várias reencarnações, para a devida reparação.

É importante que se considere: a vida mesmo sendo um patrimônio individual, pela interdependência através da qual é gerada e perpetuada, torna-se patrimônio coletivo. Dessa forma podemos perceber que se suicidar não é apenas um fenômeno de autodestruição, mas também de destruição de esperanças e causa de muitos sofrimentos para familiares, amigos e outros, que de forma direta e indireta se vinculam à vítima.

A literatura espírita, a única que nos oferece subsídios para uma análise real sobre suicídio, em nenhuma obra fala de qualquer circunstância, que justifique essa trágica decisão.

Quanto ao resultado de tamanha violência, podemos afirmar que dores superlativas aguardam todos aqueles que aderem a tão precipitada atitude.

Do livro Loucura e Obsessão (Divaldo Pereira / Manoel Phillomeno de Miranda) encontramos um comentário a respeito de Sara, que se suicidou ingerindo substância tóxica: “Atada aos despojos que se exauriam com vagar, apesar da brusca interrupção vital pelo suicídio, encontrava-se a pobre equivocada, somando às dores do tóxico corrosivo, as dilacerações produzidas pela autópsia”.

Relatos como este testemunham, claramente, que suicidar-se no intuito de fugir de problemas e sofrimentos considerados insuportáveis, é simplesmente sofrer a frustração de se deparar com sofrimentos maiores.

Diante do exposto, temos motivos de sobra para concordarmos quanto a este fenômeno, com a afirmativa de A. Schopenhauer: “Suicidar é um ato inútil e insensato; destrói arbitrariamente o fenômeno individual, enquanto a coisa em si permanece intacta”.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A BENÇÃO DAS LÁGRIMAS - Rubens Romanelli

Foto by Rafael G. Riancho (Lunada) / Rafa Riancho

Bendita a lágrima em que se cristaliza o acervo atroz de nossas dores e se dilui o negro fel de nossas mágoas.

Bendita a lágrima a cuja tona flutuam farrapos sombrios de sonhos dourados e em cujo fundo vagueiam espectros tristonhos de esperanças mortas.

Bendita a lágrima dos que carpem a desdita de nascerem sem teto e choram a desgraça de viverem sem pão.

Bendita a lágrima dos que jamais conheceram um afeto de mãe e nunca provaram um carinho de espôsa.

Bendita a lágrima, desafogo amigo dos que são sós e consolo ardente dos que são tristes.

Bendita a lágrima dos que põem sobre os ombros a cruz de seu próximo e o ajudam a escalar o calvário da existência.

Bendita a lágrima dos que buscam, errantes, o calor de um afeto e somente encontram o frio do desprezo.

Bendita a lágrima dos que sofrem injustiças pelos ideais que defendem e só colhem ingratidões pelo bem que semeiam.

Bendita a lágrima que erige no cérebro um templo à Verdade e converte o coração num sacrário de Amor.

Bendita a lágrima que aflora, escaldante, nas noites do sofrimento e esplende como um sol nas manhãs da redenção.

Bendita, enfim, a lágrima, gota de luz das auroras celestes e síntese terrena do orvalho divino.

Rubens Romanelli


Hoje estava 'xururu', triste mesmo... não sei o que estava acontecendo comigo, era uma sensação de vazio, angústia, peso na alma e uma vontade de chorar.

Chorar ... tenho dificuldades em chorar...

Rezei, melhor dizendo, conversei com Deus e nessa conversa pedi a Ele que aliviasse meu coração desta sensação horrível e neste momento veio uma intuição para ligar para minha filha Maria Eduarda.

Foi a melhor coisa que eu fiz, ela simplesmente tirou toda aquela nuvem negra do meu peito, me fez sentir importante, querida, especial e muitas outras coisas. Nos 43minutos e 23 segundos que conversamos ela disse entre muitas frases de incentivo e principalmente de amor:

- "mamãe você é a pessoa mais inteligente e especial que eu conheço, todos gostam de você, você é muito querida, não fique assim.

- "mamãe veja ao seu redor, as pessoas que gostam de você, os lugares, você é uma vencedora, uma boa árvore e seus frutos são doces".

 Ela também disse que não queria ter outra mãe, só eu. Que sou muito linda e que ela tem orgulho de mim. Como eu disse em 21/01/11 ela nasceu para brilhar e entre muitas coisas para ajudar a mim e ao pai dela. Foi o que ela fez.

Ela tem 8 anos, 6 meses 28 dias (risos) e uma maturidade emocional e espiritual de 80 anos.

Obrigada Deus por ter me dado uma filha tão doce, amorosa e carinhosa como a Maria Eduarda, minha eterna 'Bebein'.

Roberta Carrilho

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

WE MIGHT AS WELL - Keane

Foto by never_drink_turpentine

I don't know your face no more
Or feel your touch that I adore
I don't know your face no more
It's just a place I'm looking for
We might as well be strangers in another town
We might as well be living in a different world
We might as well
We might as well
We might as well

I don't know your thoughts these days
We're strangers in an empty space
I don't understand your heart
It's easier to be apart

We might as well be strangers in another town
We might as well be living in another time
We might as well
We might as well
We might as well be strangers
Be strangers
For all I know of you now
For all I know of you now
For all I know of you now
For all I know

-Keane

TRADUÇÃO:

Eu não sei seu rosto não mais
Ou sentir o seu toque que eu adoro
Eu não sei seu rosto não mais
É apenas um lugar que eu estou procurando
Nós também podemos ser desconhecidos em outra cidade
Nós também podemos estar vivendo em um mundo diferente
Nós podemos muito bem
Nós podemos muito bem
Nós podemos muito bem

Eu não sei seus pensamentos nestes dias
Somos estranhos em um espaço vazio
Eu não entendo seu coração
É mais fácil de ser separados

Nós também podemos ser desconhecidos em outra cidade
Nós também podemos estar vivendo em outro tempo
Nós podemos muito bem
Nós podemos muito bem
Nós também podemos ser estranhos
Seja estranhos
Por tudo que eu sei de você agora
Por tudo que eu sei de você agora
Por tudo que eu sei de você agora
Pelo que eu sei

-Keane


... para você (???)
... 'por tudo que eu sei de você agora' ...
 nada! nada! nada!
e por incrível e estranho que pareça
está ótimo assim!
Estou ...
Livre! Livre! Livre!
das suas lembranças ou presença
que tanto me fizeram mal.
Agora é indiferente, inexistente.
Quero que você seja feliz ... muito feliz
se puder,
é o meu sincero desejo
de coração aberto.
Porque já lhe perdoei.
Você é somente um estranho.
um estranho muito estranho,
não restou mais nada.
Roberta Carrilho

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DÊ A QUEM VOCÊ AMA: ASAS PARA VOAR, RAÍZES PARA VOLTAR E MOTIVOS PARA FICAR - DALAI LAMA



... ME GOSTO COM PECADOS, E HÁ MUITO ME PERDOEI - MARTHA MEDEIROS


"Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito me perdoei."


Martha Medeiros

AMOR ... VOCÊ SE RENDE - OSHO




EU ... MARTHA MEDEIROS

Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua.

Martha Medeiros

Adoro Martha Medeiros!
Roberta Carrilho

CUIDE DOS MEIOS. O FIM CUIDARÁ DE SI MESMO - MAHATMA GANDHI




ENSINAMENTOS (CRÍTICAS) - CHICO XAVIER

AS PALAVRAS QUE NÃO DÃO LUZ AUMENTAM A ESCURIDÃO - MADRE TERESA

TUDO TEM UM TEMPO PARA ACONTECER




TODA QUEDA NA VERDADE É UM RECOMEÇO




7 PASSOS PARA SUPERAR E CONTROLAR O EGO - Wayne W. Dyer


Aqui estão sete sugestões para ajudá-lo a transcender os conceitos enraizados do orgulho. Foi escrito com o intuito de preveni-lo contra a falsa identificação com o ego orgulhoso.

1. Pare de se sentir ofendido.
O comportamento de outras pessoas não é motivo para se sentir imobilizado. Existe a ofensa apenas quando você se enfraquece. Se procurar por situações que o aborreça, as encontrará em cada esquina. É o ego no controle convencendo você que o mundo não deveria ser do jeito que é. Mas é possível tornar-se um observador da vida e alinhar-se com o Espírito da Criação universal. Não se alcança o poder da intenção sentindo-se ofendido. Procure erradicar, de todas as formas possíveis, os horrores do mundo que emanam da identificação maciça do ego, e esteja em paz. A paz está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz. O Ser está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz. Ficar ofendido cria o mesmo tipo de energia destrutiva que a princípio o feriu, e leva a agressão, ao contra-ataque e a guerra.

2. Abandone o querer vencer.
O ego adora nos dividir entre ganhadores e perdedores. A busca pela vitória é a forma infalível de evitar o contato consciente com a intenção. Por quê? Porque basicamente é impossível vencer sempre. Algumas pessoas serão mais rápidas, mais sortudas, mais jovens, mais fortes e mais espertas que você e acabará se sentindo insignificante e sem valor diante delas. Você não se resume as suas conquistas e vitórias. Uma coisa é gostar de competir e se divertir num mundo onde vencer é tudo, mas não precisa ser assim em seus pensamentos. Não há perdedores num mundo onde todos compartilham da mesma fonte de energia. Só se pode afirmar que, em determinado dia, sua atuação esteve num certo nível comparada a outras. Mas cada dia é diferente, com outros competidores e novas situações a serem consideradas. Você continua sendo a infinita presença num corpo que está a cada dia ou a cada década, mais velho. Pare com essa necessidade de vencer, não aceite o conceito de que o contrário de vencer é perder. Esse é o medo do ego. Se seu corpo não está respondendo de forma vencedora, não importa, significa que você não está se identificando unicamente com seu ego. Seja um observador, perceba e aprecie tudo sem a necessidade de ganhar um troféu. Esteja em paz e alinhe-se com a energia da intenção. De forma inusitada, as vitórias aparecerão mais em seu caminho quanto menos as desejá-las.

3. Abandone o querer estar certo.
O ego é a raiz de muitos conflitos e desavenças porque o impulsiona julgar as pessoas como erradas. Quando a pessoa é hostil, houve uma desconexão com o poder da intenção. O Espírito de Criação é generoso, amoroso e receptivo; e livre de raiva,ressentimento ou amargura. Cessar a necessidade de ter razão nas discussões e nos relacionamentos é como dizer ao ego; "Não sou seu escravo. Quero me tornar generoso. Quero rejeitar a necessidade de ter razão. Dê a oportunidade de se sentir bem dizendo a outra pessoa que ela está certa, e agradeça-a por lhe direcionar ao caminho da verdade". Ao deixar de querer ter razão, você fortalece a conexão com o poder da intenção. Mas fique atento, pois o ego é um combatente determinado. Tenho visto pessoas terminarem lindos relacionamentos por apego a necessidade de estarem certas. Preste atenção à vontade controlada pelo ego. Quando estiver no meio de uma discussão, pergunte a si mesmo; "Quero estar certo ou ser feliz?" Ao optar por ser feliz, amoroso e predisposto espiritualmente, a conexão com a intenção se fortalecerá. Esses momentos expandem novas conexões com o poder da intenção. A Fonte universal começará a colaborar com você para uma vida criativa ao qual foi predestinado a viver.

4. Abandone o querer ser superior.
A verdadeira nobreza não é uma questão de ser melhor que os outros. É uma questão de ser melhor ao que você era. Concentre-se em seu crescimento, consciente de que ninguém neste planeta é melhor que ninguém. Todos nós emanamos da mesma força de vida criadora. Todos temos a missão de realizar nossa pretendida essência, tudo que precisamos para cumprir nosso destino está ao nosso alcance. Mas nada é possível quando nos sentimos superiores aos outros. É um velho ditado e, todavia, verdadeiro: somos todos iguais aos olhos de Deus. Abandone a necessidade de sentir-se superior, perceba a expansão de Deus em cada um. Não julgue as pessoas pelas aparências, conquistas, posses e outros índices do ego. Ao projetar sentimentos de superioridade retorna a você sentimentos de ressentimentos e até hostilidade. Esses sentimentos são veículos que os levam para longe da intenção. A distinção sempre leva a comparações. Baseia-se na falta vista no outro, e se mantém pela procura e ostentação das falhas percebidas.  

5. Deixe de querer ter mais.
O mantra do ego é "mais". Ele nunca está satisfeito. Não importa o quanto conquistou ou conseguiu, o ego insiste que ainda não é o suficiente. Ele põe você num estado perpétuo de busca e elimina a possibilidade de chegada. Na realidade, você já está lá e a forma que opta para usar esse momento presente da vida é uma escolha. Ao cessar essa necessidade por mais, as coisas que mais deseja começam a chegar até você. Sem o apego da posse, fica mais fácil compartilhar com os outros. Você percebe o pouco que precisa para estar satisfeito e em paz. A Fonte universal é feliz nela mesma, expande-se e cria vida nova constantemente. Nunca obstrui suas criações por razões egoístas. Cria e deixa ir. Ao cessar a necessidade do ego de ter mais, você se unifica com a Fonte. Como um apreciador de tudo que aparece, aprende a lição poderosa de São Francisco de Assis: "É dando que se recebe". Ao permitir que a abundância lhe banhe, você se alinha com a Fonte e deixa essa energia fluir.

6. Abandone a idéia de você baseado em seus feitos.
É um conceito difícil quando se acredita que a pessoa é o que ela realiza. Deus compõe todas as músicas. Deus constrói todos os prédios. Deus é a fonte de todas as realizações. Posso ouvir os egos protestando em alto e bom som. Mas, vá se afinizando com essa idéia. Tudo emana da Fonte! Você e a Fonte são um só! Você não é esse corpo ou os seus feitos. Você é um observador. Veja tudo ao seu redor e seja grato pelas habilidades acumuladas. Todo crédito pertence ao poder da intenção, o qual lhe fez existir e do qual você é uma parte materializada. Quanto menos atribuir a si mesmo suas realizações, mais conectado estará com as sete faces da intenção, mais livre será para realizar e muito aparecerá em seu caminho. Quando nos apegamos às realizações e acreditamos que as conseguimos sozinhos abandonamos a paz e a gratidão à Fonte.

7. Deixe sua reputação de lado.
Sua reputação não está localizada em você. Ela reside na mente dos outros. Você não tem controle algum sobre isso. Ao falar para 30 pessoas, terá 30 imagens. Conectar-se com a intenção significa ouvir o coração e direcionar sua vida baseado no que a voz interior lhe diz. Esse é o seu propósito aqui. Ao preocupar-se demasiadamente em como está sendo visto pelos outros, mostra que seu eu está desconectado com a intenção e está sendo guiando pelas opiniões alheias. É o seu ego no controle. É uma ilusão que se levanta entre você e o poder da intenção. Não há nada a fazer, a não ser que você se desconecte da fonte de poder convencido de que seu propósito é provar o quão poderoso e superior é, desperdiçando sua energia na tentativa de obter uma reputação maior entre outros egos. Faça o que fizer, guie-se sempre pela voz interior conectada e seja grato à Fonte. Atenha-se ao propósito, desapegue-se dos resultados e assuma a responsabilidade do que reside dentro de você: seu caráter. Deixe os outros discutirem sobre a sua reputação, isso não interessa.

"Você não é um ser humano que está passando por uma experiência espiritual.
Você é um ser espiritual que está vivenciando uma experiência humana. "

Wayne W. Dyer